O Palmeiras venceu o Botafogo por 3 a 1 no Allianz Parque e se manteve vivo na briga por uma vaga no mata-mata do Paulista. Resta vencer o Mirassol, que deve vir com time misto ou reserva no Maião, no domingo, e torcer por um tropeço da Ponte Preta contra o Bragantino, que briga por vaga, em Campinas. Estão deixando a gente sonhar!

A vitória veio de forma um tanto mais sofrida do que o esperado, mas aconteceu graças à luta incessante dos jogadores e aos movimentos corretos de nosso treinador, que leu bem o jogo, o cenário e não demorou para modificar o desenho do time, correndo os riscos necessários.

O Botinha mostrou que o São Paulo de fato o emulou no clássico do fim de semana: linha de 5, com dois volantes à frente – a primeira linha tinha 4 elementos, com Alejo e Sabit completando o primeiro combate e apenas Alexandre Jesus à frente. O Palmeiras veio no 4-2-3-1 habitual, mas com muita liberdade para todos atacarem – até Murilo, como construtor, e Benedetti, subindo para a área para cabeear no segundo pau.

O Verdão iniciou o jogo em cima e teve pelo menos cinco boas chances de gol, mas nossos jogadores estavam penteando demais a bola antes de tentar o arremate e acabavam cercados pelos adversários.  O placar chegou a ser aberto aos 21, mas Marcos Rocha roubou a bola com falta, segundo o VAR, e o gol foi anulado.

No lance seguinte, aos 26, Benedetti errou o passe, foi deixado para trás por Jonathan Cafú que cruzou para a chegada de Alexandre Jesus, que chegou antes que Murilo, emendou de primeira, sem firula, e colocou no ângulo esquerdo de Weverton – a bola ainda bateu no travessão.

O estádio não estava cheio e a organizada estava em silêncio, em protesto contra a lerdeza da diretoria para contratar reforços. Os torcedores comuns, que estavam apoiando, ensaiavam as primeiras vaias mas Estêvão salvou a noite: recebeu na direita, ganhou de três adversários, tabelou com Veiga, recebeu de volta levando mais dois marcadores de vencida e tocou com categoria na saída de João Carlos, empatando o jogo aos 28.

O 1 a 1 ficou bem melhor que o 0 a 0 e a torcida entrou no jogo. Mas o Palmeiras seguia com dificuldades para transformar o enorme domínio em arremates certos; o lance de Estêvão foi uma exceção.

Para o segundo tempo, Abel tirou Emi Martínez e mandou a campo Aníbal Moreno. O camisa 5 finalmente voltou das férias na Argentina e deu nova vida ao meio-campo do time, que começou a forçar, mas ainda faltava aquela peça a mais na área para bagunçar de vez a defesa do Botinha.

Essa peça foi Luighi, que entrou no lugar de Benedetti, aos 15 minutos. Abel não esperou o relógio apertar e partiu para os riscos, puxando Aníbal para a zaga e se expondo mais. Num primeiro momento, parecia que a tática daria errado – o Botafogo teve dois ataques importantes e poderia ter feito o segundo.

Abel percebeu que exagerou no risco e colocou Naves no lugar de Piquerez, que sofreu uma pancada e estava com dores. Aníbal voltou para o meio, mas ajudou a cobrir a lateral esquerda, que ficou desguarnecida e tinha só Luighi para acompanhar Jonas Toró.

Mais equilibrado, mas ainda ofensivo, nosso time enfim meteu uma pressão que o visitante não conseguiu suportar. Estêvão já tinha cabeçado uma na trave quando, aos 30, Luighi salvou de cabeça uma bola que sairia pela linha de fundo e recolocou na pequena área; Facundo Torres, de CHIRIPA, fez o gol que finalmente fez justiça ao placar.

Com isso, o Botafogo finalmente deu o espaço que o Verdão queria;  e Abel então remontou o esquema original trocando Facundo Torres por Vanderlan e ainda assim chegou  ao terceiro, em jogada de lançamento de Naves, que Veiga fez o pivô de cabeça, Ríos fez o corta-luz e Luighi fuzilou, da marca do pênalti.

O Palmeiras não correu riscos até o fim do jogo e o juiz encerrou a disputa, para enorme alegria dos presentes, que finalmente viram um bom jogo do Verdão. Seguimos todos sonhando com a classificação.

É ruim não depender só de si; mas quem assinou esse regulamento merece passar por isso. Uma campanha digna corre o sério risco de ser insuficiente ao final da fase. Se a eliminação vier, serão nada menos que cinco semanas sem jogos. Bom por um lado, já que poupa o físico dos atletas, dá tempo de recuperação aos lesionados e proporcionará muitos, muitos treinos. Mas faz a responsabilidade por conquistas crescer de forma exponencial – e a pressão virá.

Enfim, ainda temos um jogo para ganhar e outro para secar. Tudo isso acontecerá já neste domingo. Então, prepare seu arsenal e vamos pra cima, com olhos na multitela. Já estamos prontos! VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo