2

1

De virada! O Palmeiras venceu o Cerro Porteño por 2 a 1 no Morumbi e se recuperou da derrota na estreia, na Bolívia, há duas semanas.

Depois de sair atrás logo a 4 minutos depois de falhas de Zé Rafael e Gustavo Gómez, o Verdão precisou lutar muito para reverter o placar e deixar o grupo absolutamente embolado: após duas rodadas, os quatro clubes têm 3 pontos; todos venceram seus jogos como mandantes.

O Cerro Porteño foi um adversário duríssimo; jogou com o espírito de Libertadores e exigiu um poder de superação fora do comum para nosso time, que jogou sem quatro titulares e precisou recorrer mais uma vez aos meninos recém-promovidos da base para chegar à vitória. E todos responderam muito bem.

Os dois pilares das linhas defensivas do Palmeiras falharam no gol do Cerro: Zé Rafael, ao não proteger bem a bola e ser roubado no meio-campo, e Gustavo Gómez, que só cercou Morales em vez de xerifar e dar um bote decisivo; a sorte ajudou os visitantes e a bola defendida parcialmente por Weverton foi exatamente na direção da testa de Bobadilla, que abriu o placar.

O Palmeiras tinha dificuldades em achar os caminhos do ataque e foi só a partir dos 20 minutos que o time enfim encontrou um bom balanço nas movimentações ofensivas. Com Flaco López isolado na área, o Palmeiras dependia muito das aproximações de Artur, Dudu e Jhon Jhon para criar as chances. Gabriel Menino, que deveria ser um elemento para proporcionar a superioridade numérica nos ataques, viveu uma noite tétrica e só atrapalhou.

Mesmo assim, o Palmeiras criou algumas chances de gol e o placar poderia ter apontado o empate ao final do primeiro tempo. Mas também poderia marcar dois gols para os visitantes, já que Espínola teve chance clara no fim do primeiro tempo numa bola parada, dentro da pequena área, e desperdiçou.

No segundo tempo, com Richard Ríos no lugar de Gabriel Menino e com um posicionamento novo no ataque, o Palmeiras seguiu tentando, mas Flaco seguia isolado na área e pouco produzia. A troca dupla, com Endrick entrando para fazer o comando e Navarro jogando mais avançado, finalmente povoou a área e o Palmeiras, mesmo correndo mais riscos, passou a sufocar os paraguaios.

A ótima partida de Richard, que preencheu todos os espaços do meio-campo com e sem a bola, foi fundamental para essa subida de rendimento. E o volume de jogo foi traduzido em muitas jogadas de bola parada, com laterais, faltas e escanteios. A virada veio com gols nascidos de cruzamentos, aos 18 e aos 30 minutos; Artur e Gustavo Gómez participaram dos dois gols.

No primeiro, Dudu bateu falta da esquerda; Artur escorou no segundo pau e Gómez aproveitou o rebote do goleiro; no segundo, foi Artur quem cruzou da direita para Gómez escorar no segundo pau para o miolo e Navarro entrou de bola e tudo. As jogadas ensaiadas de Vítor Castanheira seguem dando ótimo resultado, mesmo sem Gustavo Scarpa.

A partida ganhou ares de mata-mata e o Cerro tentou o empate; o Palmeiras deu terreno aos paraguaios e apostou nos contra-ataques para matar o jogo. Endrick sofreu um pênalti escandaloso numa bela investida em velocidade e inexplicavelmente a arbitragem nada marcou, mas mesmo assim o Verdão segurou o resultado e cravou a quarta vitória seguida, por quatro competições diferentes.

Abel não fez a melhor escolha de saída e vai ficando claro que López só vai render bem quando tiver um companheiro de área. Nosso treinador enxergou o equívoco, corrigiu e o time teve muita força mental para seguir focado, martelando, até chegar ao resultado.

Vira a chavinha! Serão menos de 72 horas até o próximo compromisso, agora pelo Brasileirão, no Maracanã, contra o Vasco, que vem embalado pelo ótimo resultado na primeira rodada e descansado porque não jogou no meio da semana. Difícil – mas ninguém nunca disse que seria moleza. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo