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O Palmeiras venceu o Cruzeiro por 2 a 0 no Allianz Parque e voltou à vice-liderança do Brasileirão. O time de Abel Ferreira esteve longe de fazer uma de suas melhores partidas, mas desempenhou o suficiente para manter a partida sob controle e chegar ao resultado.

Nosso time lutou com dois contextos que tornaram o jogo mais difícil: a diferença de dias de descanso entre as duas equipes, já que o Cruzeiro não jogou no meio da semana, e o processo de adaptação de peças novas ou que não vinham jogando, casos de Felipe Anderson, Vanderlan, Dudu e, em menor grau, Murilo e Zé Rafael.

Logo aos dois minutos, Vanderlan foi ao fundo e cruzou por baixo; a bola chegou em Flaco López na pequena área, com Cássio batido, mas o camisa 42 decidiu tentar o chute de canhota em vez de só encostar o pé direito na bola e desperdiçou um gol incrível.

Com Dudu de volta ao lado direito depois de muito tempo (muito mesmo!), o Verdão variava bastante os lados dos ataques e era bem mais perigoso que o Cruzeiro que, no entanto, não abria mão de tentar ter a posse de bola e de propor o jogo.

Aos 35, Zé Rafael roubou a bola no meio do campo e acionou Flaco López; o argentino aparou a bola e tinha a opção de tocar para Felipe Anderson, muito bem colocado, mas teve o instinto de resolver sozinho e ajeitou o corpo para disparar de fora, rasteiro; a bola passou por baixo de João Marcelo e atrasou a reação de Cássio, que viu a bola morrer rasteira em seu canto esquerdo.

Aos 45, o Cruzeiro chegou a marcar um gol com Lucas Silva após passe de Barreal dentro da área, mas o VAR recomendou a revisão e o juiz anulou, já que houve duas faltas na origem do lance, sobre Murilo e Zé Rafael.

O Cruzeiro usou o fato para pressionar a arbitragem em todo o segundo tempo. Em todo lance os mineiros reclamavam de forma histérica e o jogo ficou muito mais pilhado do que deveria. E o picote exagerado no andamento do jogo não era algo exatamente ruim para quem estava à frente no placar.

Como já havia sido obrigado a queimar uma substituição no primeiro tempo por lesão (Marcos Rocha no Mayke), Abel Ferreira esperou que o treinador do Cruzeiro Fernando Seabra começasse a mexer para promover suas alterações no time.  Elas começaram a surgir a partir dos 20 minutos, apenas trocando peças, sem mexidas táticas.

Assim, Rony e Maurício entraram no jogo, que ficava cada vez mais à feição para a velocidade do camisa 10. Mas o Palmeiras não conseguiu acertar nenhum bom lançamento para aproveitar o espaço nas costas da última linha cruzeirense.

Os mineiros só conseguiram criar uma grande chance no segundo tempo: num lançamento longo de Kaiki, Arthur Gomes ganhou na velocidade de Aníbal Moreno, invadiu a área e bateu forte; Weverton cresceu na frente do atacante do Cruzeiro e impediu o empate.

Já aos 47, Gabriel Menino tentou fazer uma tabela com Caio Paulista dentro da área, mas falhou porque tentou um toque de efeito, de calcanhar – mas teve muita sorte, porque William tentou cortar e acabou devolvendo a bola para Menino, que ajeitou o corpo e bateu forte, cruzado, no canto esquerdo de Cássio.

A inspiração de nossos defensores, sobretudo Gómez, Vanderlan e Aníbal, não permitiu que o Cruzeiro tirasse proveito dos dias a mais de descanso e da falta de entrosamento geral deste reconstruído time titular do Palmeiras. A boa notícia é que, mesmo com esses problemas, o Verdão construiu a vitória com autoridade no Allianz Parque, que será o palco dos jogos de volta nas duas copas.

De quebra, no centésimo jogo entre Palmeiras e Cruzeiro, o Verdão reassumiu a hegemonia no confronto direto: 36 a 35. Nada mau para um sábado congelante, aquecido por mas de 40 mil pessoas no estádio. Agosto está chegando! VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo