Avaí X Palmeiras
20/11/2017 - 20:00 | Campeonato Brasileiro | Ressacada |
Mesmo com amplo domínio da partida,o Palmeiras conseguiu perder do Avaí por 2 a 1 e permanece na terceira colocação do campeonato. Após dominar completamente o primeiro tempo, o time entrou desligado no segundo, sofreu dois gols logo no início, e não teve forças para reagir. Em ritmo de férias, o time se prepara para receber o Botafogo, no último jogo em casa no ano.
PRIMEIRO TEMPO
Borja ganhou a briga pela posição no comando do ataque e saiu jogando. Na zaga, Edu Dracena não se recuperou de uma pancada recebida no jogo contra o Sport e deixou a vaga para Luan, que jogou pelo lado esquerdo – Mina, naturalmente, recuperou seu lugar no time titular.
O Palmeiras desde o início mostrou muita superioridade com a bola nos pés. Aos três minutos, depois de boa troca de passes, Borja bateu forte de média distância, exigindo boa defesa de Kozlinski. Aos 5, Maicon cruzou de longe, a bola fez a curva e Júnior Dutra conseguiu o cabeceio, por cima do travessão.
Aos sete, Borja veio buscar a bola na intermediária e abriu para Keno na direita; o atacante puxou para o meio e bateu forte, mas a bola saiu à esquerda do gol do Avaí – boa participação do centroavante saindo da área para participar do jogo. Aos nove, mais uma troca de passes que resultou em chute de fora da área do colombiano, mas a bola saiu à esquerda do gol, sem perigo.
A expectativa de que o Avaí, por necessidade, sairia para o jogo, não se confirmou e o Palmeiras seguia controlando a bola. Aos 11 foi a vez de Tchê Tchê arriscar da entrada da área após longa troca de passes – mais uma vez, sem direção.
Borja seguia calibrando a perna: aos 14, mais um chute torto. Foi a quinta finalização do time. A sexta veio um minuto depois, em nova finalização de Tchê Tchê, que desta vez foi no travessão. Um massacre.
Aos 17, Rômulo tocou Thiago Santos em cobrança de escanteio; nosso volante acabou resvalando o braço na bola e o time da casa pediu pênalti, mas Ricardo Marques Ribeiro, o Margarida, apontou a falta do atacante avaiano no camisa 21. Dois minutos depois, a defesa cochilou e Marquinhos puxou o contra-ataque; cercado por Mina, ele conseguiu o toque para Rômulo, por trás de Luan, e o atacante bateu firme, para excelente defesa de Fernando Prass.
Depois desses sustos, o Palmeiras voltou à frente: Michel Bastos aproveitou uma bola rebatida pelo lado esquerdo, invadiu a área e disparou – mais um chute para fora do gol.
O Avaí entendeu após 20 minutos de jogo como atacar o Palmeiras diante da linha de retaguarda mais alta, que voltou a aparecer em nosso time. Junior Dutra e Rômulo passaram a incomodar nossa dupla de zaga com freqüência e o que se configurava um massacre virou um jogo equilibrado.
Aos 29, Tchê Tchê lançou Borja por trás da zaga e o colombiano foi empurrado por Betão – pênalti claríssimo que Margarida não apontou. Na sequência, Júnior Dutra sentiu lesão muscular e deu lugar a Luanzinho.
Depois de 30 minutos bastante intensos, a bola passou a ficar mais na faixa central do campo e com muitos erros de passes. Aos 39, linda jogada de Michel Bastos pela esquerda; ele cruzou mas Borja conseguiu apenas raspar com a testa; Keno aproveitou do outro lado e recolocou na área; Borja brigou e a bola sobrou para Dudu, que bateu colocado, para boa defesa de Kozlinski. Aos 41, Michel Bastos começou o ataque; Moisés serviu a Keno que dominou e bateu – mais uma vez para fora. E foi só no primeiro tempo. Muitas finalizações do Palmeiras, a maioria sem direção.
SEGUNDO TEMPO
Logo a 50 segundos, Rômulo foi lançado e ia ficando na cara do gol, mas Michel Bastos fez excelente cobertura. NUNCA que o Egídio faria uma dessas. Aos sete, a primeira chegada interessante: Moisés enfiou para Tchê Tchê, que cortou Betão, invadiu a área e bateu por baixo – travada por Pedro Castro, a bola chegou mansa no goleiro.
Aos 11, Maurinho foi lançado por trás de Mina por Rômulo, invadiu a área e sofreu pênalti claro de Fernando Prass – Margarida apontou a cal. Marquinhos bateu no canto esquerdo, muito bem colocado – Prass foi bem na bola, mas não alcançou.
Numa jogada em que Mina virou o segundo centroavante, Jean levantou na área e Borja cabeceou forte, à direita do gol. Mas aos 16, Michel Bastos, que fazia ótima partida, falhou na cobertura e Maurinho desceu com liberdade, lançou Lourenço, que tinha acabado de entrar – o atacante saiu na cara de Prass e tocou na saída de nosso goleiro, fazendo o segundo gol.
Com dois gols de desvantagem, Alberto Valentim abriu o time: tirou Thiago Santos e colocou Willian Bigode. Aos 23, depois de algumas jogadas sem objetividade, o time conseguiu a primeira finalização, mais uma vez com Tchê Tchê – a bola saiu por cima. Kozlinski, goleiro do Avaí, caiu vergonhosamente e parou o jogo por quase três minutos. Maurinho desabou um minuto depois e comeu mais tempo no relógio para ser substituído. Não houve jogo entre os 23 e os 29 minutos.
Quando a bola rolou, Dudu enfiou para Borja, que foi ao fundo e rolou para a chegada de Willian na velocidade – a bola explodiu na trave pela segunda vez e se ofereceu para o goleiro Kozlinski. Mas no lance seguinte, Dudu bateu forte de fora, desta vez com endereço certo – Kozlinski defendeu com rebote e Keno mergulhou de cabeça para diminuir o placar.
O time da casa só queria saber de fazer cera e se defender. Deyverson foi a campo, no lugar de Tchê Tchê; Alberto abriu o time de vez: Moisés ficou mais atrás, e Dudu passou a ser o meia armador.
Aos 38, Dudu sofreu falta frontal ao gol; Michel Bastos bateu de três dedos e assustou o goleiro Kozlinski. Mesmo com uma configuração ultraofensiva, o Palmeiras não aproveitou o momento favorável após o gol e o que se via era um time apático em campo, como no primeiro tempo da partida contra o Sport.
Moisés bateu de longe, aos 43, e deu a deixa para mais uma cera do goleiro, que sentiu fortes cãibras após olhar a bola passar por cima do travessão. Aos 46, Alberto Valentim decidiu que ia ganhar o jogo e mandou Guerra a campo, no lugar de Moisés – o time ficou sem volantes.
Aos 49, todo desengonçado, mas efetivo, Deyverson deu seu primeiro toque na bola e obrigou Kozlinski a fazer ótima defesa. Na cobrança, ele conseguiu um bom cabeceio e Kozlinski defendeu de novo. E o jogo acabou.
FIM DE JOGO
A tal da linha alta ainda precisa de muito treino – e não sabemos se Alberto Valentim terá esse luxo. O Palmeiras conseguiu perder de um dos piores times do campeonato. Jogando melhor e muito superior tecnicamente, sofreu dois gols e não teve a postura necessária para buscar a virada – talvez a falta de estímulo esportivo explique tamanha apatia, mesmo com o time armado de forma bastante ofensiva e com um adversário absolutamente amedrontado.
A semana vai ser de muitas especulações, não só de atletas mas também no comando técnico. O time terá que conviver com essas conversinhas e focar na preparação para o próximo jogo, quando, esperamos, o time tenha mais respeito pela torcida que pagará ingresso do que teve hoje. VAMOS, PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalações
Avaí
Maurício Kozlinski
Maicon
Alemão
Betão
João Paulo
Judson
Pedro Castro
Marquinhos
Maurinho

Simião
Júnior Dutra

Luanzinho
Rômulo

Lourenço
Claudinei Oliveira
Notas
Jogador
Descrição
Nota

Fernando PrassSem chances nos gols, ainda fez boas defesas cara a cara com os atacantes 7.5 
JeanUm burocrata perfeito - como boa parte do time. 5 
MinaErrou muitos passes na saída de bola - um de seus pontos fortes. 6 
LuanNuma partida em que não teria muito trabalho, conseguiu se complicar em lances simples. 5 
Michel BastosVinha sendo um dos melhores do time, até falhar bisonhamente no lance que definiu o jogo. 5 
Thiago SantosBem no desarme, pavoroso no passe. 5.5 
WillianAberto na esquerda, apareceu com perigo em apenas um ou dois lances. Pouco. 5.5 
Tchê TchêUm dos poucos que se salvou, com ótima presença ofensiva e a correria de sempre. 7 
DeyversonTocou duas vezes na bola. s/n 
MoisésPartida correta, mas sem a intensidade que conhecemos. 6 
GuerraDeve estar muito feliz com o treinador. s/n 
KenoAlém do gol, era sempre uma boa opção de desafogo - pena que não foi muito acionado. 7 
BorjaComeçou bem, muito participativo, mas foi sumindo, sumindo... 6 
DuduFoi o oposto de Borja: começou apático e cresceu quando foi deslocado para o meio - mas estava numa noite infeliz tecnicamente. 5.5
Melhores momentos

Escalações

Avaí
![]() Maurício Kozlinski ![]() |
![]() Maicon |
![]() Alemão |
![]() Betão |
![]() João Paulo |
![]() Judson |
![]() Pedro Castro |
![]() Marquinhos ![]() |
![]() Maurinho ![]() |
![]() ![]() Simião ![]() |
![]() Júnior Dutra ![]() |
![]() ![]() Luanzinho |
![]() Rômulo ![]() |
![]() ![]() Lourenço ![]() |
![]() Claudinei Oliveira |
Jogador | Descrição | Nota |
![]() | Fernando Prass Sem chances nos gols, ainda fez boas defesas cara a cara com os atacantes | 7.5 |
![]() | Jean Um burocrata perfeito - como boa parte do time. | 5 |
![]() | Mina Errou muitos passes na saída de bola - um de seus pontos fortes. | 6 |
![]() | Luan Numa partida em que não teria muito trabalho, conseguiu se complicar em lances simples. | 5 |
![]() | Michel Bastos Vinha sendo um dos melhores do time, até falhar bisonhamente no lance que definiu o jogo. | 5 |
![]() | Thiago Santos Bem no desarme, pavoroso no passe. | 5.5 |
![]() | Willian Aberto na esquerda, apareceu com perigo em apenas um ou dois lances. Pouco. | 5.5 |
![]() | Tchê Tchê Um dos poucos que se salvou, com ótima presença ofensiva e a correria de sempre. | 7 |
![]() | Deyverson Tocou duas vezes na bola. | s/n |
![]() | Moisés Partida correta, mas sem a intensidade que conhecemos. | 6 |
![]() | Guerra Deve estar muito feliz com o treinador. | s/n |
![]() | Keno Além do gol, era sempre uma boa opção de desafogo - pena que não foi muito acionado. | 7 |
![]() | Borja Começou bem, muito participativo, mas foi sumindo, sumindo... | 6 |
![]() | Dudu Foi o oposto de Borja: começou apático e cresceu quando foi deslocado para o meio - mas estava numa noite infeliz tecnicamente. | 5.5 |