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O Palmeiras venceu o Bahia, de virada, por 2 a 1 na Fonte Nova e colou novamente no Botafogo, que apenas empatou com o mistão do Atlético, sem torcida e com um jogador a mais desde o primeiro tempo. A diferença caiu para 2 pontos e ainda haverá o confronto direto daqui a duas rodadas, no Allianz Parque.

A vitória veio aos 44 do segundo tempo, só com interferência do VAR, que confirmou o gol de Flaco López ignorado pela arbitragem de campo. Poucos minutos antes, o árbitro de vídeo também precisou anular um gol claramente em impedimento do time da casa. É impressionante como as arbitragens de campo, sobretudo as dos árbitros da Federação do Rio de Janeiro, têm paixão por errar contra nosso time.

O jogo foi muito mais difícil do que esperávamos. O Bahia, que vinha de cinco exibições muito fracas, acertou o encaixe contra a nossa escalação. Abel optou por um 4-1-4-1, mas posicionou Mauricio mais à frente, dividindo as atenções da zaga do Bahia com Rony, o que fez com que Veiga ficasse muito isolado. Jogando contra uma linha de 5 que protegia outra de 4, bem próximas, o Palmeiras não conseguia tocar a bola em sequência. O problema era agravado porque a referência era Rony, que não tem muita familiaridade com os toques de bola rápidos e precisos.

Assim, sem conseguir encaixar nenhum ataque até os 35 minutos, o Palmeiras apenas se defendia contra um time com vários jogadores inspirados. E essa inspiração virou um gol aos 26 minutos, num ótimo chute de fora de Lucho Rodríguez, no canto esquerdo de Weverton, após boa troca de passes com Everton Ribeiro e Gilberto.

Foi exatamente num lance em que Mauricio saiu um pouco da área e voltou para buscar jogo, aos 39 minutos, que saiu o lance que originou uma falta na meia-lua, em cima de Rony. Raphael Veiga puxou a bola para trás o quanto pôde, para ter a distância correta para bater por cima da barreira e a bola ainda cair dentro do gol: não deu outra – batida perfeita, no ninho da coruja. Mesmo sem merecer, o Palmeiras levava o empate para o vestiário.

Zé Rafael poderia dar mais consistência ao meio-campo; Flaco López poderia ser opção para jogo aéreo e melhoraria o toque de bola, mas o Palmeiras não mexeu para o segundo tempo. E o jogo seguiu muito difícil; nosso time tinha enorme dificuldade de criar lances de gol.

Quando precisou mexer, aos 19 minutos, por lesão de Murilo, Abel reforçou o lado esquerdo trocando Caio Paulista por Vanderlan – o camisa 16 estava levando um baile de Ademir – e trocou Dudu por Rômulo. Rogério Ceni mudou o lado do ataque, colocando Biel para atacar mais pela esquerda.

O jogo continuou bem mais a favor do Bahia, que chegou ao segundo gol aos 39, numa jogada pelo alto que Tiago escorou do bico da pequena área – a bola sairia, mas bateu em Jean Lucas e foi para o gol. O bandeira e o juiz deram gol, mas o VAR assinalou o impedimento do camisa 6 do Bahia, claramente à frente. A marcação era fácil, mas os juízes errejota não viram.

O Palmeiras, já com Flaco López no comando do ataque e Gabriel Menino ajudando no meio chegou ao gol aos 44: Vanderlan cruzou e Flaco López se atirou na bola, acertando uma tijolada com a testa; a bola bateu no travessão e pingou 3 dedos para dentro do gol. Mais uma vez, juiz e bandeirinha deixaram a jogada seguir, até que o VAR, da Federação Mineira, parou o jogo e deu o gol da virada.

Os pontos corridos fazem com que injustiças de uma rodada sejam compensadas por injustiças em outras. Algumas vezes o Palmeiras foi superior ao adversário neste campeonato e deixou a vitória escapar por falta de eficácia. Desta vez, a história se inverteu e, mesmo sem ser superior, o Verdão conseguiu colocar mais bolas dentro do gol que o adversário. Porque futebol nunca foi sobre “justiça”.

O Botafogo começou a sentir a sombra da final da Libertadores e o fantasma do Brasileiro de 2023 já os está assombrando. O psicológico do time carioca parece estar a se esfacelando e a partida em Minas contra o Galo, que aconteceu logo depois da nossa, foi um show de descontrole.

O Palmeiras não liderou nenhuma das 34 rodadas deste Brasileirão, mas parece estar muito próximo de assumir a ponta bem perto do final. Com estes resultados, voltou a depender só de si e parece ter esgotado a cota de jogos apáticos.

Não podemos contar com a sorte, como hoje, em que ela nos sorriu. Temos que voltar a ser dominantes e convincentes, já a partir do próximo jogo, contra o Atlético-GO, para chegarmos com toda a confiança do mundo pra cima do Botafogo do Rio, na próxima terça-feira, no Allianz Parque. Vamos? VAMOS!
VAMOS PALMEIRAS!!!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo