1

1

Palmeiras e Flamengo fizeram um excelente jogo de futebol e empataram em 1 a 1 no Allianz Parque. O resultado manteve a distância entre os dois times na casa dos 9 pontos, com 15 rodadas ainda pela frente. O vice-líder, agora, é o Fluminense, com 8 pontos de margem.

Mesmo com um time alternativo, o Flamengo conseguiu dificultar as coisas para o Palmeiras; encaixou um gol ainda no primeiro tempo e obrigou o Verdão a se desdobrar para empatar o jogo. Os momentos finais foram de emoção pura e o Palmeiras quase chegou à virada.

***

Com força máxima, o Palmeiras iniciou o jogo se impondo diante do Flamengo, que conseguia, diante da ótima qualidade de seu elenco, jogadas interessantes quando recuperava a posse de bola.

Com duas linhas próximas de sua área e bem compactado, o time de Dorival Júnior dificultou a vida de Raphael Veiga, que teve muitos problemas para achar espaços. Os laterais não apoiaram e coube a Zé Rafael tentar dar suporte entre as linhas, mas o camisa 8 não estava numa tarde feliz com a bola nos pés.

Mesmo guardando posição, Marcos Rocha não ofereceu muita resistência e Ayrton Lucas acertou um cruzamento preciso, na cabeça de Victor Hugo, que mandou no canto de Weverton. Não é exagero dizer que a bola era defensável – pelo menos para um goleiro da categoria de Weverton.

O gol sofrido enervou nossos jogadores, que por um momento perderam um pouco a concentração e a frieza características. Até recolocar a bola no chão e voltar a executar o plano, entramos na fase final do primeiro tempo e o time visitante, com o placar na mão, segurou nosso time.

Para o segundo tempo, Abel trocou Gustavo Scarpa de lado com Dudu; a largura do lado esquerdo passou a ser feita por Piquerez, liberado, e Scarpa passou a cair mais por dentro; Veiga, caindo pela direita, passou a ter mais opções e acabou ganhando espaço para jogar.

Assim, o Palmeiras criou várias chances para empatar – a igualdade até poderia ter saído mais cedo, mas Veiga estava um pouquinho impedido em lance de linda tabela com Dudu dentro da área – o gol saiu, mas não valeu.

Poucos minutos depois, um chutaço de canhota foi na bochecha da rede de Santos, após nova troca de passes com Dudu. O empate deflagrou as mudanças no Flamengo; Dorival Júnior rapidamente colocou em campo cinco titulares do meio para a frente.

Descansados, o quinteto tentou se impor, mas nossa linha defensiva, somada à atmosfera sempre vibrante de mais de 40 mil pessoas no Allianz Parque, segurou o time carioca, que só conseguiu uma boa chance nesta parte final do jogo, numa tabela de Pedro com De Arrascaeta.

O Verdão explorou o jogo aéreo com a entrada de López e David Luiz salvou o Flamengo de tomar a virada certa em pelo menos dois lances. Num deles, a bola ainda ficou com Wesley que por pouco não virou o jogo num chute de dentro da área, mas a bola bateu no muro branco.

No lance final, após escanteio, Piquerez pegou o rebote na meia-lua e disparou, ao lado da trave, em lance que Vidal cometeu pênalti claro em Gómez. Curiosamente, o VAR não enxergou a falta. E o jogo terminou com um empate que nenhum dos dois times lamentou.

O Palmeiras poderia achar o resultado ruim porque o Flamengo jogou dois terços do jogo com 8 reservas. O Flamengo, por sua vez, poderia reclamar do resultado porque saiu na frente e porque precisava diminuir a vantagem do Verdão na tabela.

Mas a forma como o empate foi construído pelas duas equipes deu a todos a sensação de que as missões foram todas cumpridas. O futebol jogado foi de altíssimo nível, técnica e taticamente, e os dois elencos mostraram por que são os dois maiores postulantes aos títulos que estão em jogo.

A Copa do Brasil parece estar destinada a ir para a Gávea. O Brasileirão está bem encaminhado para o Verdão. E os dois times têm tudo para disputar o tira-teima em Guayaquil, valendo nada menos que mais uma Libertadores. Pelo menos é a impressão que que todos os observadores de futebol têm, clubismo à parte. E os dois times, pelo belíssimo futebol que vêm jogando, merecem. Mas aqui, somos mais Verdão. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo