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Ufa! Depois de seis jogos, o Palmeiras voltou a vencer!  Jogando no Couto Pereira, o Verdão aproveitou a enorme fragilidade do Coritiba, aplicou 2 a 0 e voltou ao G4 do Brasileirão. Melhor que isso foi um início de retomada da confiança e um ensaio de uma nova formação.

Desde que Dudu saiu do time, a maionese desandou totalmente. Rony parece só ter encaixado na função de homem de referência quando tinha Dudu e/ou Gustavo Scarpa o alimentando. Sem nenhum dos dois, seu futebol voltou a ser o de 2020 e o poder ofensivo desmoronou.

Nesta partida, pela primeira vez, o camisa 10 foi sacado; uma dupla de ataque foi ensaiada com Lopes e López – Endrick, suspenso, é presença certa para a sequência e seu futebol, com essa formação, tende a ser bem mais aproveitado.

Mas o 3-5-2 desta noite poderia ter tido muito mais dificuldades se o VAR não tivesse anulado, corretamente, o gol do Coritiba com sete minutos de jogo. A confiança do time, destroçada, dificilmente seria suficiente para virar o jogo, mesmo diante de um adversário tão fraco. Felizmente a arbitragem acertou e o Palmeiras conseguiu se desvencilhar da pressão inicial do Coxa.

A partir dos 15 minutos, o domínio foi total, com as alas sendo bem municiadas por Raphael Veiga, que tinha incrível liberdade entre as linhas do Coritiba. Fazendo uso do apoio dos volantes, a superioridade numérica, tão ausente no jogo contra o Atlético, foi vista e os cruzamentos buscando Flaco López saíam com facilidade.

Os gols, no entanto, saíram de jogadas de escanteio: no primeiro, Veiga acertou a testa de Gustavo Gómez, que colocou no cantinho do bom goleiro Gabriel; no segundo, já nos acréscimos, Piquerez pegou um sem-pulo espetacular na cabeça da meia-lua e aumentou a vantagem do Verdão.

O uruguaio, aliás, foi o maior destaque do Palmeiras, vivendo uma fase técnica exuberante e com um vigor físico impressionante. Junto com Veiga e Luan, foram os destaques da vitória.

O segundo tempo foi protocolar. O Coritiba não encontrava forças para articular qualquer jogada de ataque; o Palmeiras, ainda com a confiança abalada, parecia muito mais preocupado em fazer o relógio andar do que em fazer o terceiro.

E de fato, a confiança ainda precisa ser reconstruída: mesmo com 2 a 0 no placar, contra um adversário inerte, a impressão era de que o time não estava livre de tomar um gol a qualquer momento, e que se isso acontecesse, tomaria o empate na sequência. Algo que voltamos a sentir depois de oito ou nove anos de protagonismo, de imposição. Uma sensação angustiante de ser um time comum.

Este foi apenas o primeiro passo. A confiança pode crescer, e seguir vencendo é fundamental – um mau resultado no clássico de quarta-feira jogará esta vitória no limbo. O Coritiba, de fato, está rebaixado e não pode ser considerado parâmetro para nada.

A nuvem negra estava na Colômbia, e talvez isso tenha ajudado. Vamos torcer demais para que, mesmo com sua volta, o time mantenha o foco na recuperação e faça um grande jogo diante do inimigo. Se isso acontecer, aí sim, poderemos criar boas expectativas para a conclusão da temporada. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo