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No sufoco, o Palmeiras arrancou a vitória por 3 a 2 contra o Mirassol e contou com o Bragantino fazendo a boa para tirar pontos da Ponte Preta – a combinação de resultados deu, em cima do laço, a classificação ao Verdão, que agora enfrenta o São Bernardo, como visitante, nas quartas-de-final do Campeonato Paulista.

O adversário não quis perder a chance de tentar mostrar um bom futebol diante do Palmeiras, mesmo com a classificação já assegurada em seu grupo. Após trocar de técnico às vésperas da partida, o Mirassol entrou com o moral renovado e o jogo foi bem mais difícil que o esperado.

A disputa começou amarrada, com os dois times tendo dificuldades em entrar na defesa do adversário. A primeira boa chance do jogo foi com Iury Castilho, que girou dentro da área e quase acertou o canto esquerdo de Weverton.

O Palmeiras conseguiu o gol aos 32, pouco depois do Bragantino abrir 2 a 0 em Campinas e praticamente selar a volta da independência do Palmeiras. Flaco López entrou em velocidade para aproveitar o rebote de um chute rasteiro de Estêvão e marcou o tento que colocava o Verdão na fase seguinte.

Mas o Palmeiras seguia apático e não tirava o Mirassol do jogo. O Palmeiras mostra que não sabe jogar na frente no placar e permite que o adversário se mantenha vivo. Essa falta de atitude cobra seu preço. Aos 42. Iury Castilho aproveitou belo passe de calcanhar dentro da área e fuzilou Weverton, de baixo para cima, inapelável. Vanderlan foi vencido no início da jogada com um contato pelas costas – se o VAR quisesse, podia ter chamado, mas provavelmente estava a comer pipocas.

O fato é que o gol fez justiça ao Mirassol, já que um placar apontando vitória do Palmeiras, pelo que os dois times fizeram no primeiro tempo, não refletia o que tinha sido o jogo.

Voltando a precisar de um gol e já com uma boa ideia de como o Mirassol estava em campo, o Palmeiras voltou com mais atitude no segundo tempo e rapidamente retomou a dianteira: aos 2 minutos, após escanteio da direita, a bola esvalou na zaga no primeiro pau e se ofereceu para Raphael Veiga, que emendou de primeira com a cahota e ainda contou com um leve desvio na zaga para vencer Alex Muralha.

Mais uma vez sobrou cabeça fria mas faltou coração quente aos jogadores do Palmeiras. A postura em campo era inexplicavelmente comum. O Mirassol estava vulnerável e era só “furar a bola” que o jogo terminaria. Mas nosso time dá demonstrações de incrível inexperiência, mesmo com tantos jogadores rodados.

Abel ferreira reforçou a proteção à zaga, colocando Aníbal Moreno para jogar ao lado de Emi Martínez. E estava dando certo, já que o Mirassol chegava muito pouco ao gol de Weverton. Mas não desistia, e o Palmeiras seguia falhando em colocar a bola debaixo do braço e encerrar a disputa.

De tanto dar espaço, o empate saiu aos 35: após escanteio da direita, Leo Gamalho (!) subiu entre Naves e Marcos Rocha para testar firme e vencer Weverton. Parecia que a vaca ia deitar.

Abel Ferreira ainda tinha uma substituição e tirou Emi Martínez para a entrada de Luighi. Ter um homem a mais na frente fez toda a diferença: rodando a bola em torno na área, aos 41, Luighi fez a jogada certinha ao esperar a projeção de Vanderlan e fazer a abertura de forma precisa; o camisa 6 suspendeu na área, onde estavam Thalys, Veiga, Mayke e Allan, que se antecipou ao zagueiro e cabeceou forte, balançando as redes e decretando, enfim, a classificação do verdão. Os minutos finais foram de muita ansiedade da torcida, mas o time estava seguro e segurou a pressão final do time da casa.

Era para ter sido um jogo tranquilo, com o Palmeiras abrindo a vantagem e controlando o adversário, que não tinha nada a ganhar ou perder no jogo, a não ser o próprio jogo. Faltou se impor, faltou ser mais físico, faltou “furar a bola”. Mas no final, uma vitória e classificação com doses de emoção dá uma sensação muito boa.

No frigir dos ovos, o plano de Abel para a fase de classificação funcionou quase à perfeição: poupou o elenco fisicamente, fez muitas observações e tem muitos elementos para aperfeiçoar o time taticamente. Só não tirou um dez porque, mesmo economizando esforços, perdeu Mauricio e Gómez por lesões.

Os classificados agora esperam pela FPF, que deve divulgar sem demora os locais e datas das quartas-de-finais, que acontecem em jogos únicos. Todos os times de Série A e B passaram de fase, e quem chora é a Ponte Preta, que, mesmo em quarto lugar no geral e a ótima marca de 22 pontos, ficou de fora. Esse regulamento, que todos ratificaram, precisa mudar. Enquanto isso, todos ao ABC; VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo