Sport X Palmeiras
23/07/2017 - 16:00 | Campeonato Brasileiro | Arena Pernambuco |
Quebrando o recorde de público em jogos de clubes na Arena Pernambuco, o Verdão fez um jogo quase perfeito e venceu o Sport por 2 a 0, ultrapassando o próprio time pernambucano na tabela de classificação. A segurança defensiva e a objetividade ofensiva jogando fora de casa é o padrão que esperávamos há muito tempo – resta saber se isso será suficiente para o próximo jogo, contra o Cruzeiro, quando decidiremos a vaga na Copa do Brasil com mais de meio time modificado em relação à formação que jogou hoje.
PRIMEIRO TEMPO
Os dois treinadores apareceram com surpresas no meio de campo. Cuca mandou Jean como meio-campista, livre para flutuar, protegido por Bruno Henrique e Thiago Santos. Já Luxemburgo escalou Mena como terceiro volante, reforçando a marcação, mandando Sander na lateral.
E o Palmeiras parece ter encaixado melhor com as mudanças. Nos primeiros minutos dominou completamente as ações e chegava com certa facilidade ao gol do Sport, sempre jogando pelos lados – Mayke e Erik faziam o flanco direito e Egídio e Keno construíam pelo esquerdo; Jean, com bastante mobilidade, fazia o pêndulo e facilitava as jogadas, assim como Bruno Henrique e Thiago Santos, que revezavam nas subidas.
Aos três minutos a primeira boa chance do Verdão, pela direita: após lateral, Erik, Mayke, Thiago Santos e Bruno Henrique trocaram passes até a bola chegar em Jean, que penetrou em velocidade e soltou a perna, mandando a bola na rede pelo lado de fora, assustando Agenor.
Aos 9, Bruno Henrique armou o ataque, lançando para Mayke por trás de Sander; o lateral cruzou por baixo, Deyverson passou da linha da bola e novamente Jean chegou para finalizar, sem direção, mas com perigo.
Aos poucos o Sport foi acertando a marcação e o Palmeiras deixou de ser tão perigoso. O jogo passou a ficar mais picotado, perdendo o ritmo – dois choques de cabeça com cabeça paralisaram a partida, que esfriou. Nenhum dos dois times conseguia chegar ao gol adversário, com as duplas de zaga fazendo grandes exibições – sobretudo a nossa, com Luan e Juninho.
Na bola parada, o Verdão chegou ao gol, aos 31: Egídio bateu escanteio muito fechado, no primeiro pau; Bruno Henrique se abaixou e tirou uma casquinha, buscando a chegada de Deyverson no segundo pau, mas a bola desviou em Diego Souza, encobriu Agenor e entrou direto. É isso o que acontece quando se bate escanteio direto na área, sem fazer jogadinha curta.
Dono da posse de bola até então, o Palmeiras se retraiu após o gol e esperou o Sport em seu campo; o time pernambucano aparentemente não tinha um plano do que fazer com a bola nos pés, pois estava apenas armado para jogar em nosso erro e explorar a velocidade de Everton Felipe em cima de Egídio.
Com nossa zaga muito bem protegida e bem postada, usamos a arma deles: aos 47, Patrick errou o passe e Bruno Henrique não apenas roubou a bola, como puxou o contra-ataque e deu um passe açucarado para Keno, que conseguiu dominar na caixa, colocar na frente e tocar na saída de Agenor, aumentando a vantagem do Verdão. Ótimo primeiro tempo, vantagem merecida de quem soube o que fazer com a bola nos pés.
SEGUNDO TEMPO
Luxemburgo desfez sua invenção no intervalo e retornou com o time que todos imaginavam que iam sair jogando, com Mena na lateral e Rogério do lado esquerdo do ataque. Aos dois minutos, após falta da direita, Rithely tentou emendar de primeira mas pegou mal na bola, mandando à direita de Jailson. Aos 5, Everton Felipe cobrou falta da esquerda, André conseguiu o desvio mas mandou na direção de Jailson, que encaixou.
O Sport sabia da importância de fazer um gol rápido para tentar fazer o estádio ferver, e abusou do preparo físico para aumentar a velocidade do jogo. Aos 14, Diego Souza cavou uma falta a dois passos da área em disputa com Juninho. Ele mesmo bateu, a bola beijou o travessão, voltou para o bolo e André tentou aproveitar o rebote, mas cabeceou por cima.
Cuca abriu Erik pela esquerda e Keno passou a jogar mais por dentro, encostando em Deyverson e afunilando mais o jogo. O Palmeiras tinha problemas para encaixar o contra-ataque – mas com inteligência e experiência, aproveitava a vantagem de dois gols e fazia o relógio andar.
Aos 31, Deyverson fez um corta-luz após lançamento de Egídio e Erik aproveitou, entrando na área com a bola dominada e rolando para a chegada de Keno, que tentou a conclusão duas vezes mas viu Agenor brilhar, fazendo duas espetaculares defesas. Foi o último lance do camisa 27 no jogo, já que ele deu lugar a Roger Guedes. Pouco depois, Erik saiu para a entrada de Raphael Veiga. Foram mudanças apenas para fazer o relógio andar, embora ter dois jovens descansados prontos para armar um contra-ataque eram a chance de construir a goleada.
Aos 38, Diego Souza suspendeu uma falta na área; a zaga rebateu mais uma e Thomás chegou batendo de primeira, mas isolou por cima. O Palmeiras respondeu aos 42, com Raphael Veiga aproveitando uma bola estourada lá de trás e cabeceando da entrada da área por cima do gol, tentando surpreender Agenor. O Sport ainda teve uma chance de tentar o abafa aos 45, com André aproveitando uma sobra na meia lua e girando rápido, tentando o ângulo esquerdo de Jailson, mas errou por pouco – a bola passou raspando. E o juizão, que não comprometeu o jogo, encerrou a partida após 4 minutos de acréscimo.
FIM DE JOGO
O Verdão aproveitou o erro de Luxemburgo no primeiro tempo, neutralizou completamente a criação do time da casa, aproveitou uma bola parada e foi letal no contra-ataque, construindo a vantagem. Com dois gols de frente, soube administrar o placar, diminuindo o ritmo do jogo e catimbando na medida certa – algo que será extremamente necessário na quarta-feira se o time pular à frente no placar.
A se mencionar a grande atuação individual da dupla de zaga e da dupla de volantes. Com quase meio time se destacando individualmente, fica mais fácil aparecer o jogo coletivo. O Verdão colocou o Sport no bolso e chega forte para a disputa na Copa do Brasil. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalações
Sport
Agenor
Samuel Xavier
Ronaldo Alves
Durval
Sander

Rogério
Rithely 

Thallyson
Patrick
Mena
Everton Felipe

Thomás
Diego Souza
André
Vanderlei Luxemburgo
Notas
Jogador
Descrição
Nota

JailsonNão precisou fazer nenhuma grande defesa - apenas algumas saídas pelo alto e demonstrações de excelência na arte da cera. É o Wax Master. 7 
MaykeMesmo sem brilhar, fez-se notar, com muita firmeza defensiva. 7 
LuanJogando pelo lado direito, mostrou seu enorme valor. Era esse futebol que esperávamos com sua contratação. 8.5 
JuninhoSeriedade e solidez impressionantes. Tirou absolutamente todas. 9 
EgídioParticipou bastante, com muitos erros e acertos - os acertos pesaram mais na balança, como a cobrança do escanteio do primeiro gol e a boa participação na marcação. Já com a bola rolando em seu pé, o de sempre. 7.5 
Thiago SantosA excepcional participação foi coroada no fim, num belo duelo com Diego Souza. Partidaço. 9 
Bruno HenriqueJogou demais: armou, desarmou, deu assistência e amarelou o Diego Souza. Foi praticamente um cirurgião no passe para Keno. 9.5 
ErikMuita disposição na recomposição defensiva; não conseguiu se converter numa arma para o ataque. 6.5 
Raphael VeigaEntrou para fazer a bola rolar e gastar o tempo. Quase achou um gol de cabeça. 6 
JeanFicou devendo, mas tem a seu favor a falta de ritmo. Nessa função, precisa pensar mais rápido e acelerar as jogadas. 6 
Zé RobertoSubstituição para fazer o relógio andar. s/n 
KenoFez um e podia ter feito outro em seu último lance. jogou aberto no primeiro tempo e afunilou no segundo - letal dos dois jeitos. 8.5 
Róger GuedesJogou pouco. s/n 
DeyversonMostrou mais facilidadepara se encaixar no esquema do que Borja. PAra o Brasileiro e Libertadores, parece ter ganho a posição fácil, fácil, mesmo sem arrebentar com o jogo. 6.5
Melhores momentos

Escalações

Sport
![]() Agenor |
![]() Samuel Xavier |
![]() Ronaldo Alves |
![]() Durval |
![]() Sander ![]() |
![]() ![]() Rogério |
![]() Rithely ![]() ![]() |
![]() ![]() Thallyson |
![]() Patrick |
![]() Mena |
![]() Everton Felipe ![]() |
![]() ![]() Thomás |
![]() Diego Souza ![]() |
![]() André ![]() |
![]() Vanderlei Luxemburgo |
Jogador | Descrição | Nota |
![]() | Jailson Não precisou fazer nenhuma grande defesa - apenas algumas saídas pelo alto e demonstrações de excelência na arte da cera. É o Wax Master. | 7 |
![]() | Mayke Mesmo sem brilhar, fez-se notar, com muita firmeza defensiva. | 7 |
![]() | Luan Jogando pelo lado direito, mostrou seu enorme valor. Era esse futebol que esperávamos com sua contratação. | 8.5 |
![]() | Juninho Seriedade e solidez impressionantes. Tirou absolutamente todas. | 9 |
![]() | Egídio Participou bastante, com muitos erros e acertos - os acertos pesaram mais na balança, como a cobrança do escanteio do primeiro gol e a boa participação na marcação. Já com a bola rolando em seu pé, o de sempre. | 7.5 |
![]() | Thiago Santos A excepcional participação foi coroada no fim, num belo duelo com Diego Souza. Partidaço. | 9 |
![]() | Bruno Henrique Jogou demais: armou, desarmou, deu assistência e amarelou o Diego Souza. Foi praticamente um cirurgião no passe para Keno. | 9.5 |
![]() | Erik Muita disposição na recomposição defensiva; não conseguiu se converter numa arma para o ataque. | 6.5 |
![]() | Raphael Veiga Entrou para fazer a bola rolar e gastar o tempo. Quase achou um gol de cabeça. | 6 |
![]() | Jean Ficou devendo, mas tem a seu favor a falta de ritmo. Nessa função, precisa pensar mais rápido e acelerar as jogadas. | 6 |
![]() | Zé Roberto Substituição para fazer o relógio andar. | s/n |
![]() | Keno Fez um e podia ter feito outro em seu último lance. jogou aberto no primeiro tempo e afunilou no segundo - letal dos dois jeitos. | 8.5 |
![]() | Róger Guedes Jogou pouco. | s/n |
![]() | Deyverson Mostrou mais facilidadepara se encaixar no esquema do que Borja. PAra o Brasileiro e Libertadores, parece ter ganho a posição fácil, fácil, mesmo sem arrebentar com o jogo. | 6.5 |