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O Palmeiras penou, mas venceu a Inter de Limeira no Allianz Parque por 3 a 2, de virada, e assumiu a liderança do Grupo B do campeonato paulista. Raphael Veiga, que marcou os dois primeiros gols do Verdão na partida, chegou a 3 no geral e é o artilheiro isolado da competição.

O jogo foi irregular, com momentos de brilho intercalados com trapalhadas típicas de início de temporada – o que não é surpresa para ninguém, já que é apenas o segundo jogo do ano.

Abel escalou um time que parece bem mais próximo do que o que ele pretende mandar a campo no jogo da Supercopa, daqui a dez dias. Nosso treinador promoveu seis alterações em relação à estreia na temporada, no último domingo. Aníbal Moreno e Zé Rafael formaram a esperada dupla de volantes e começaram a se entrosar.

No início do jogo, a Inter subiu suas linhas de marcação e criou uma boa chance logo no primeiro minuto. Numa roubada de bola no ataque, aos 3, chegou ao gol, em bom arremate de Juninho.

O time e a torcida mantiveram a calma e foram aos poucos fazendo a leitura do sistema defensivo da Inter, que tinha Emerson Santos como terceiro zagueiro, perfazendo uma linha de cinco na intermediária; três jogadores davam o primeiro combate sobre a linha central e dois elementos no espaço entre essas linhas.

Assim, com Flaco López e Bruno Rodrigues flutuando entre os zagueiros, com o apoio de Zé e Aníbal e Veiga se mexendo bastante, como de costume, nossa saída de bola tentava achar o passe certeiro para, em um ou dois toques, deixar algum atacante no mano a mano, em velocidade.

Essas tentativas passaram a dar certo principalmente com López, e o gol era questão de tempo. Saiu aos 19, num pênalti estúpido do zagueiro Maurício, que ergueu o braço desnecessariamente numa bola alçada na área – Veiga bateu ao alcance do goleiro, mas ainda assim a bola entrou.

Com a tranquilidade recuperada, o Verdão seguiu mandando no jogo e as chances se sucediam. As tabelas e toques rápidos foram acontecendo e a virada estava desenhada ainda no primeiro tempo.

De novo, o gol do Palmeiras saiu de um lance esquisito: aos 41, Raphael Veiga cruzou da direita, com curva, na direção do segundo pau; o goleiro Jonathan, que tinha acabado de substituir o titular Zé Carlos, que saiu lesionado, estava frio; a bola passou por todo mundo e acabou entrando sem bater em ninguém, no canto direito.

Sem mexer no intervalo, Abel sugeriu que está realmente dando minutagem para os onze que começaram o jogo, possivelmente pensando nessa formação para o jogo contra o SPFC. Luis Guilherme ainda parece subaproveitado jogando tão aberto; Bruno Rodrigues começou a se soltar mais e Flaco López exibiu um físico mais desenvolvido – não está tão flaquito assim; Zé e Aníbal vão encontrando o melhor entrosamento e Veiga segue dominando o meio-campo.

O Palmeiras repetiu o erro de Novo Horizonte e sentou em cima da vantagem – e foi novamente castigado num erro de Gómez, após passe apertado de Weverton. Luciano Buchecha anteviu a falha, acelerou, roubou a bola dentro da área e foi derrubado. Juninho bateu bem, deslocando Weverton, e empatou de novo o jogo.

Abel já tinha feito mexidas importantes, colocando Caio Paulista e Breno Lopes – o camisa 16 virou ponta-direita. O time caiu demais. Alguns minutos depois, Veiga deu lugar a Jhon Jhon e Rony entrou no lugar de Zé Rafael. Precisando de mais um gol,  o Palmeiras estava sem seus maiores talentos e teve um desafio pela frente.

O time estava jogando no ataque, mas tinha falhas na articulação. Abel então tirou Gómez e colocou Estêvão, movimentando três peças: Piquerez foi para a zaga; Caio Paulista virou ala esquerda e Estêvão entrou para fazer a ponta direita.

Não virou exatamente uma máquina, mas foi o suficiente para o time chegar ao terceiro gol, aos 41: Marcos Rocha lançou longo, na direção de Rony, que ganhou do zagueiro na velocidade e tocou na saída de Jonathan para dar números finais ao placar.

Com uma arbitragem fraca de Joao Vítor Gobi, o Verdão chegou ao fim do jogo administrando o placar contra um adversário que havia perdido um zagueiro – Maurício acertou Rony no rosto e recebeu o segundo amarelo, pouco depois do terceiro gol.

A melhora em relação ao primeiro jogo foi nítida, e vários fatores contribuíram: além das mexidas na escalação, a temperatura mais adequada e a presença da torcida deixaram nosso time bem mais à vontade. Resta saber se essas mexidas são mesmo uma tendência ou se foram circunstanciais. Saberemos no domingo, quando receberemos o Santos, no mesmo estádio. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo