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O Palmeiras foi gigantesco mais uma vez, e de forma épica virou um jogo no último lance em Quito para bater o Independiente Del Valle por 3  a 2, ficando muito próximo da classificação para o mata-mata da Libertadores e se mantendo bem posicionado na classificação geral, em busca das vantagens na chave final.

Depois de um primeiro tempo em que foi completamente dominado e que os dois gols sofridos foram o mínimo que o Del Valle poderia ter feito, o Verdão teve a fortuna de diminuir o marcador com Endrick num lance isolado, nos acréscimos e renasceu mentalmente no jogo. O que se viu depois foi o tal Matador de Gigantes tremer e o Palmeiras inflingir mais uma virada heroica, com  um gol de Lázaro e um golaço de Luis Guilherme.

O Verdão foi amassado no primeiro tempo, quando teve apenas 23% da posse de bola. O time da casa mostrou ser muito bem treinado e conseguia sempre estabelecer vantagem numérica, sobretudo nos ataques pela direita, com Landázuri, Renato Ibarra e Páez triangulando, contando ainda com o apoio de Zabala ou de Ortiz. Foi o menino Páez quem abriu o placar aos 12 minutos, numa sapatada de fora, no ângulo.

A presença maciça no ataque dava espaços para o Verdão contra-atacar, mas nosso time não conseguia encaixar nada – Veiga, visivelmente prejudicado no aspecto físico, estava muito longe da zona de ação e não conseguia fazer o papel de articulador. O Palmeiras, quando recuperava a bola, tentava alcançar Endrick ou Rony, bem posicionados, com lançamentos muito longos e com pouca precisão, devolvendo a bola facilmente para o time da casa.

Assim, dá até para dizer que os 2 a 0 estavam saindo barato ao final do primeiro tempo – e ficou quase de graça quando Rony se salvou do impedimento por um corte de unha e conseguiu o cruzamento preciso para Endrick atacar a bola e vencer a disputa com Schunke e com o goleiro Ramírez para diminuir o placar, aos 48 minutos, no único ataque do Palmeiras no primeiro tempo.

Toda a superioridade do time da casa virou poeira. O gol de Endrick alugou um latifúndio na cabeça dos equatorianos, que perceberam que deixaram o monstro respirar. O receio tomou conta do time da casa, que voltou bem menos agressivo que na etapa inicial. E o oposto se verificou na atitude do Palmeiras, que passou a incomodar a defesa do Del Valle. O medo era visível no olhar de nossos adversários.

Com o passar do tempo, o time da casa foi se cansando, mesmo acostumado a jogar na altitude. E Abel não fazia as alterações, extraindo tudo dos jogadores que estavam em campo e guardando as energias dos reservas que viriam a entrar. as primeira mexidas demoraram a sair, e só aos 19 Luis Guilherme e Estêvão entraram em campo, dando mais leveza ao time.

Mas foi aos 32 que o Abel começou a virada, fazendo mais três trocas: Vanderlan, Lázaro e Flaco López. Com meio time quase a 100% da bateria, contra outro muito desgastado, cujos reservas ficaram bem abaixo dos titulares, a diferença foi brutal.  E aos 35 veio o empate, fruto do vigor físico de dois dos que tinham acabado de entrar: Flaco ganhou a jogada e enfiou para a entrada em velocidade de Lázaro, que não teve trabalho para vencer a disputa contra um zagueiro cansado e tocou por baixo de Ramírez.

Ao sofrer o empate, o Del Valle partiu para cima do Verdão já sem toda aquela organização. Subiu a placa de 5 minutos de acréscimos. Com experiência, nosso time segurou a pressão e já ia trazendo um excelente empate na bagagem. Até que aos 49:50 Flaco López, mais uma vez, achou Lázaro, que deu o tapa de primeira para Luis Guilherme na meia direita. O menino, a seu estilo, como já vimos dezenas de vezes na base, dominou, armou a pancada e soltou o pé, de curva, no canto direito baixo de Ramírez, inapelável. Um golaço-aço-aço do Palmeiras, que selou mais uma virada épica.

São partidas como esta que reafirmam a grandiosidade de um campeão perante o continente. A imprensa sul-americana teve mais uma demonstração do quanto este Palmeiras é enorme, um time talhado para a competição. O Del Valle fez seu 33° jogo em casa pela Libertadores, e conheceu apenas sua segunda derrota – a primeira havia sido exatamente para o Palmeiras, em 2021. Não é coincidência.

O Matador de Gigantes achou um gigante de verdade e, dessa vez, não deu. Aqui não tem PÁ, ACESSO NEGADO. O Palmeiras tem um caso com a Libertadores e mostrou que vem forte de novo para tentar buscar o tetra, inédito entre clubes brasileiros. Se virá desta vez, não sabemos, mas que estão todos olhando para o time de verde meio desacorçoados, isso estão. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo