Ponte Preta X Palmeiras

25/06/2017 - 16:00 Campeonato Brasileiro Moisés Lucarelli

O Verdão venceu a Ponte Preta em Campinas por 2 a 1 em jogo válido pela décima rodada do Brasileirão e conseguiu assim a terceira vitória seguida, sendo a segunda fora de casa. Com o resultado, o time atingiu a zona de classificação para a Libertadores, restando apenas a definição do restante da rodada para se saber em qual colocação – na pior das hipóteses, quinto lugar.

PRIMEIRO TEMPO

Cuca surpreendeu mandando a campo Gabriel Furtado, volante de apenas 17 anos contratado há três meses junto ao Paraná Clube e que havia treinado bem durante a semana. Outro que movimentou-se bem na Academia de Futebol foi Erik, que marcou três gols num jogo-treino contra o São Caetano, e também ganhou uma chance entre os titulares.

O jogo começou pegado dos dois lados, com muita marcação e contato físico forte; as duas equipes tinham muita dificuldade para chegar à área adversária. A primeira finalização foi da Ponte, aos 5: Sheik serviu Renato Cajá na lateral da área e o meia bateu de esquerda, sem ângulo, por cima do gol, sem perigo.

Enquanto o Palmeiras tentava forçar as jogadas com Roger Guedes em cima de João Lucas, a Ponte buscava as jogadas com Sheik e Lucca, mais pelo lado esquerdo do ataque, ao contrário do que havia planejado Gilson Kleina, que declarou que ia tentar usar Claudinho em cima de Juninho, improvisado.

Aos poucos Guerra foi achando seu espaço e fugindo da marcação de Fernando Bob, e com o venezuelano mais à vontade o Palmeiras passou a mandar no jogo. Aos 22 ele puxou um lindo contra-ataque e acionou Roger Guedes, já dentro da área, pelo lado direito; o camisa 23 tocou na saída de Aranha, por baixo, mas a bola saiu raspando a trave.

Como Gabriel Furtado colocava Renato Cajá no bolso, a Ponte tinha como alternativas a movimentação de Emerson Sheik, que em momento algum se limitou a ficar preso na área. Numa dessas, aos 33, ele caiu pela esquerda e cruzou na área com efeito, ninguém resvalou e a bola fez a curva indo em direção ao canto esquerdo de Fernando Prass, que se esticou para dar um tapa nela e salvar o Verdão.

Aos 38, o Verdão abriu o placar: Tchê Tchê fez um belo lançamento por elevação para Guerra, que ganhou de Marllon na corrida e tocou por baixo, na saída de Aranha, com muita inteligência. Mas nem deu tempo para comemorar: um minuto depois, a Ponte empatou, com Lucca: ele recolheu uma bola do lado esquerdo, marcado à distância por Mayke, e acertou um chute raríssimo, com curva, no cantinho esquerdo de Fernando Prass, sem chances de defesa.

Quando parecia que os dois times iriam para o vestiário com o empate, Guerra fez o segundo: ele iniciou a triangulação com Gabriel Furtado, que tocou entre as pernas de Fernando Bob para Erik, que num rápido toque de calcanhar deixou Guerra na cara de Aranha, aí foi só tocar no canto esquerdo e correr para a torcida.

SEGUNDO TEMPO

Com Fabiano improvisado na volância no lugar de Gabriel Furtado, amarelado, o Verdão voltou mais cauteloso para o segundo tempo, e a bola ficou mais nos pés da Ponte Preta, que tentava girar a bola em busca de espaço, mas nossa defesa mostrava muita aplicação no posicionamento.

A bola do jogo aconteceu aos 17 minutos: Sheik fez uma grande jogada em cima de Mina e viu Léo Artur fazendo o facão por trás de Luan; o pontepretano recebeu livre na frente de Fernando Prass, que se agigantou e diminuiu o ângulo, induzindo-o ao toque para fora.

O Palmeiras não atacava e Gilson Kleina arriscou, trocando João Lucas por Lins. Ousado, o seo Gilso. Pouco depois, a Ponte conseguiu mais uma finalização, com Felipe Saraiva, depois de vencer disputa com Juninho –  Prass mais uma vez deu um tapa na bola e salvou o Verdão. Cuca então colocou Dudu para jogar na correria, e a exemplo do jogo contra o CAG, o camisa 7 já amarelou um adversário na primeira jogada – Renato Cajá.

Com um árbitro muito confuso, os jogadores usavam e abusavam do contato físico e o jogo ficou muito nervoso. O Palmeiras se aproveitava da situação e fazia o relógio andar. Aos 44, na catimba de Borja, que havia entrado no lugar de Guerra, Rodrigo foi expulso depois de xingar o juiz. Nos acréscimos, Renato Cajá deu um tapa em Tchê Tchê, que devolveu com o famoso tiramãodimim – os dois também receberam o vermelho direto. E com a bola voando em nossa área e nossa zaga tirando tudo de cabeça, o juiz terminou o jogo.

FIM DE JOGO

A vitória compensa um pouco os pontos desperdiçados bestamente nas primeiras rodadas. Mesmo assim a pontuação está bem abaixo do planejado no início do campeonato e precisaremos recuperar pelo menos cinco pontos em partidas bem difíceis. De qualquer forma, jogando com vários reservas, improvisações e com um estreante de 17 anos, esta vitória caiu muito bem.

O time segue vencendo e Guerra está evoluindo cada vez mais. O venezuelano parece não ter limites e vai se convertendo no craque do time no campeonato. Que esse processo continue em andamento até a volta de Moisés, quando teremos, enfim, o time completo idealizado no início do ano à disposição de Cuca. E agora, vira a chavinha para a Copa do Brasil e VAMOS PALMEIRAS!

A VOZ DO PADRINHO

Hoje o áudio pós-jogo é do padrinho Wagner Colombini, que já viu, entre outras coisas, o Palmeiras ser supercampeão paulista de 1959 em cima do Santos. Scoppia!

Ficha Técnica

5.523

R$ 141.840,00

Wagner Reway

Súmula

Borderô

Escalações

Ponte Preta

Aranha
Nino Paraíba
Marllon
Rodrigo
João Lucas
Fernando Bob
Elton
Felipe Saraiva
Claudinho
Léo Artur
Renato Cajá
Lucca
Emerson Sheik
Gilson Kleina

Notas

Jogador Descrição Nota
Fernando Prass
Duas bolas defesas - mas a melhor foi a fechada de ângulo aos pés do Léo Artur.
8
Mayke
Vai falhando com cada vez mais frequência e vai esgotando suas chances de futuro no Palmeiras.
5
Mina
Mais uma boa partida, apesar de ter sido vencido por Sheik num lance que podia ter sido capital.
7
Luan
Excelente partida, atuando como zagueiro pela primeira vez.
8
Juninho
Como lateral, teve participações importantes mas também levou umas entortadas.
7
Gabriel Furtado
Que personalidade desse menino. Vamos acompanhar com muito carinho.
8
Fabiano
Manteve a pegada no meio forte e não deu chances a Cajá.
6.5
Tchê Tchê
Segue irregular, alternando bons e maus momentos. Mas o lançamento para o primeiro gol foi coisa linda.
6
Róger Guedes
Não conseguiu criar jogadas de perigo pelo flanco direito e ainda perdeu um gol feito.
5.5
Guerra
Que partida do Lobo. Está jogando demais.
9.5
Borja
Entrou no final e ajudou a catimbar.
s/n
Erik
Se mexeu bem e teve participação fundamental no segundo gol.
7
Dudu
Entrou pra meter correria mas não foi acionado.
s/n
Willian
Discreto, segue se sacrificando numa função em que não é sua favorita.
6

Melhores momentos