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Numa noite em que tudo deu certo, o Palmeiras espancou o SPFC por 5 a 0 no Allianz Parque e ameaça retomar o embalo nesta parte final da temporada.  O resultado iguala a maior goleada palmeirense no confronto direto; apenas uma vez, em 1965, o Verdão havia marcado cinco gols no inimigo. Piquerez e Breno Lopes, com dois gols cada, foram os destaques numa partida em que todos jogaram bem.

Abel Ferreira, de volta ao banco de reservas após suspensão, manteve o esquema com três zagueiros e dois atacantes. O time mostrou um enorme equilíbrio entre todos os setores: a defesa, com três pilares fortíssimos; o ataque, com Breno Lopes e Endrick se movimentando bastante e confundindo a defesa adversária; e o meio-campo, com os dois alas mais os dois volantes se revezando no apoio e dando todo o suporte para que Veiga comandasse o show.

Some-se a isso a apatia do adversário, que não luta por mais nada na temporada e entrou em campo apenas para cumprir tabela. Pode parecer exagero, mas 5 a 0 acabou de bom tamanho para o Trikas!

Ríos foi às redes com menos de cinco minutos, após excelente cruzamento de Mayke, mas o colombiano estava ligeiramente impedido. Mayke seguiu forte no apoio e após espetacular triangulação com Endrick e Veiga, cruzou na medida para Breno Lopes abrir o placar no segundo pau.

Pouco depois, Breno Lopes, aproveitando passe de trivela de Ríos, ganhou dos defensores adversários e tocou por cima do goleiro, aumentando a vantagem do Verdão. E com 30 minutos o camisa 19 podia ter chegado ao hat-trick, mas cabeceou para fora após uma linda jogada coletiva do ataque do Verdão.

A marcação adversária estava uma piada e Gabriel Neves foi sacado por Dorival Júnior ainda no primeiro tempo. Rodrigo Nestor, que entrou em seu lugar, não mudou em nada o panorama e Raphael Veiga seguiu com bastante espaço para flutuar e comandar nossa construção ofensiva. Pouco depois, Lucas Moura sentiu lesão muscular e obrigou Dorival a parar o jogo de novo para substituição.

Rafinha sentiu que o problema era grande e passou a procurar por confusão, elegendo Breno Lopes como seu inimigo. O clima esquentou e o árbitro teve que acalmar o jogo – mas tentou segurar os ânimos só na conversa – no que fracassou miseravelmente. Aos 50, após jogada aérea, a bola sobrou para Zé Rafael na lateral da área e Wellington Rato fez a carga pelas costas – pênalti que Piquerez cobrou muito mal, mas quando a fase é boa, tudo dá certo: Rafael deixou a bola passar por baixo de seu braço direito e o Verdão ampliou.

O ritmo do jogo baixou um pouco no segundo tempo e as coisas só esquentaram de novo depois que Abel começou a trocar as peças, depois dos 22 minutos. Primeiro, entraram Fabinho e Rony; depois, Artur e Marcos Rocha, e um pouco mais tarde, Luis Guilherme. A goleada ficou configurada depois que Marcos Rocha recebeu cruzamento da esquerda, no segundo pau, após linda tabela entre Luis Guilherme e Piquerez. E coube ao uruguaio fechar o placar com o gol mais bonito da noite, num chute violento da intermediária que foi morrer na forquilha esquerda de Rafael.

Ganhar sempre é bom. Ganhar clássico é melhor ainda. Meter goleada num inimigo, é sempre espetacular e renova qualquer auto-estima eventualmente abalada. Depois de passar pela pior crise desde que Abel assumiu o comando do time, o Verdão já pode dizer que superou – e em grande estilo.

É uma pena que o estrago da crise foi grande demais para que o time ainda possa sonhar com alguma conquista, mas certamente Abel usará este novo bom momento para seguir desenvolvendo este novo esquema, com as necessárias variações, pensando em 2024 e sonhando com os reforços por que a torcida vem clamando há meses. ACORDA DIRETORIA! CHUPA BAMBI! VAMOS PALMEIRAS!.

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo