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O Palmeiras venceu a Ferroviária no Allianz Parque, chegou a 12 jogos sem derrota, lidera o o estadual mas ainda assim não conseguiu assegurar o primeiro lugar do grupo, já que o São Bernardo segue vencendo seus jogos e continua a apenas um ponto de distância. A rodada final vai decidir a vantagem do mando no jogo das quartas-de-final.

O Verdão controlou o jogo por completo e o resultado deveria ter sido bem mais folgado. Mas como futebol é futebol, chegamos por um momento a ter o placar ameaçado, após sofrer um gol já nos acréscimos.

O Palmeiras começou com uma formação mais tradicional, com Zé Rafael e Gabriel Menino protegendo a zaga, Piquerez liberado para os avanços. Mas aos poucos Gabriel Menino foi ganhando liberdade e acabou se convertendo num meia, jogando mais pela esquerda, com Veiga ocupando o lado direito. Com isso, Zé Rafael, mais uma vez, ficou sobrecarregado.

Mas o movimento ofensivo funcionou e, após lateral cobrado por Marcos Rocha, Veiga cruzou na cabeça de Menino, no segundo pau, e o camisa 25 foi novamente às redes, abrindo o placar.

A movimentação ofensiva era intensa e a bola girava pelo campo da Ferroviária com bastante fluidez, mas os ataques eram interrompidos quando a bola chegava em Piquerez e Endrick. O uruguaio viveu uma noite tecnicamente terrível e errou praticamente todos os lances; já nossa Cria acusou a pressão e se mostrou extremamente ansioso e sem confiança. A torcida tentava apoiar, mas Endrick tomava decisões precipitadas, nitidamente afobado e, assim, se tornando presa fácil para os zagueiros de Araraquara.

O Verdão voltou do vestiário de maneira muito agressiva e forçou bastante para que o segundo gol saísse o mais rápido possível no segundo tempo, e ele veio aos 15 minutos, num chute colocado de Raphael Veiga após passe preciso de Marcos Rocha – Saulo foi meio lerdão na bola e colaborou.

Logo após o gol, Giovani entrou no lugar de Endrick e Rony foi deslocado para o meio. Os laterais já não subiam e o time jogava num 4-3-3- tradicional.

Com mais mexidas, a intensidade do time caiu claramente. Primeiro entraram Flaco e Breno Lopes, depois Mayke e Jailson – este último, jogando claramente como meia-esquerda, avançado.

Com o placar já definido, o jogo perdeu intensidade. A Ferroviária já estava mais preocupada em não ser goleada – o saldo de gols pode ser importante na luta contra o rebaixamento. O Palmeiras perdeu o interesse em aumentar o placar. Mas o ritmo dos reservas que entraram também não ajudava.

No final, após falta na meia esquerda, Matheus Lucas aproveitou o sono de Jailson e testou no canto direito de Weverton, diminuindo o placar. E ainda deu tempo de mais uma jogada aérea – Thomaz teve a chance de finalizar, livre, mas errou o alvo – foi a vez de Piquerez tirar um cochilo dentro da área. Seria um castigo terrível.

No final, a vitória veio, mas o placar foi ameaçado de forma desnecessária e orelhas devem ser puxadas. Mas o principal a se tirar desta partida  é a condição mental de Endrick; algumas decisões precisam ser tomadas, inclusive sobre sua manutenção entre os titulares.

Quanto ao buraco na frente de nossa zaga, o mais provável é que Abel esteja ensaiando um modo de ataque onde se precise correr mais riscos, para uma situação onde se esteja atrás no placar. Só isso justifica uma formação tão exposta – algo inédito com a atual comissão técnica, que segue com todo nosso apoio, bem como o elenco.

Mas que podíamos estar com um banco mais pesado, isso podíamos. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo