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Em mais um jogo fraco, o Palmeiras foi derrotado no Allianz Parque pelo Vitória por 2 a 0. Foi o segundo revés da semana, desta vez em casa – mas com um time quase totalmente alternativo. A falta de foco no Brasileirão está cobrando seu preço de forma cada vez mais intensa à medida que os mata-matas se aproximaram. O Palmeiras enfrenta o Flamengo, quarta-feira, pela Copa do Brasil.

O único titular absoluto a ser usado foi Estêvão, que voltava de lesão e precisava recuperar ritmo de jogo. E o pior de tudo é que o ponteiro saiu no segundo tempo de novo acusando uma torção no tornozelo esquerdo, que pode novamente tirá-lo de combate. Abel Ferreira correu riscos ao escalar os reservas, e o risco cobrou seu preço.

O que irrita bastante o torcedor palmeirense é verificar que o Vitória veio para o jogo com um time muito limitado e com um esquema de marcação bastante frágil, e que mesmo assim o Verdão não foi capaz de ameaçar o gol de Lucas Arcanjo. No segundo tempo, após as mudanças, nosso time ficou mais ofensivo e chegou a ensaiar uma pressão, mas é pouco provável que os jogadores do time baiano tenham, em algum momento, se intimidado.

No primeiro tempo o Palmeiras chegava com muita facilidade ao entorno da área do Vitória, mas não sabia o que fazer com a bola. Sem um cabeceador, as bolas alçadas na área eram presentes para a defesa visitante. Restou a nosso time tentar  alguns arremates de fora, sobretudo com Richard Ríos e com Mauricio. Sem perigo. O Verdão teve mais de 70% de posse de bola, mas não conseguiu estabelecer o controle da partida.

No segundo tempo, com Flaco López no lugar de Lázaro, o time ficou com mais um jogador pisando na área, mas ao preço de ter o setor esquerdo desmontado. E numa transição rápida, o velho Osvaldo conseguiu levar a melhor sobre Giay e acertou um belo chute da entrada da área, vencendo Marcelo Lomba.

Abel demorou quase 15 minutos para remontar o lado esquerdo com Vanderlan e Felipe Anderson, expondo mais o time com a retirada de um volante, Gabriel Menino. O Verdão viu o time ficar mais equilibrado e deu a sensação que reverteria o placar, mas na prática isso não se confirmou. Os jogadores pareciam que nem sabiam os nomes uns dos outros.

O risco assumido, necessário, cobrou seu preço aos 37, com o gol de Mateusinho, nas costas de Vanderlan. Já sem Estêvão, com Dudu em seu lugar, o Palmeiras não conseguia agredir o Vitória e a melhor chance foi numa cabeçada de Flaco López, após escanteio.

Aos 45, o VAR interveio para expulsar José Breno, e o juiz havia assinalado 11 minutos de acréscimo. Mas a garra do time, uma de suas maiores características, ficou escondida em algum compartimento secreto e o jogo terminou mesmo com o amargo 2 a 0 para o visitante.

A falta de foco ficou evidente e escancarada, e não é novidade neste tipo de situação. Em temporadas recentes, o Palmeiras perdeu rendimento no Brasileiro de forma semelhante às vésperas de confrontos importantes pelas copas. O que aumenta a necessidade de um bom resultado no Rio, quarta-feira, que além de dar vantagem para o jogo da volta, nos tranquilizaria quanto à assustadora queda de rendimento, sobretudo no setor ofensivo.

Com uma compreensível aflição, aguardamos pelo superconfronto de quarta-feira. O Verdão só não terá força máxima caso Estêvão acuse gravidade na torção do tornozelo esquerdo, sofrida nesta partida. A borracha já está ficando pequenininha, de tantas vezes que temos que passar. Mas, de novo, é o que tem pra hoje. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo