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Num dos piores jogos da década, sob chuva durante os 90 minutos, o Palmeiras ficou no empate sem gols contra o Red Bull Bragantino, em partida válida pela quinta rodada do campeonato estadual/pré-temporada.

Sem motivação, o Verdão não teve forças para dominar o frágil time de Bragança, que implorava para ter a quarta derrota da temporada em cinco jogos. O time misto convocado por Abel Ferreira jogou como se fosse um “time de colete contra time sem colete”, mesmo diante de cerca de 20 mil pessoas (oficialmente, mais de 25 mil) que saíram do Allianz Parque contrariadas – com toda a razão.

A formação que entrou em campo, que havia vencido os jogos contra Portuguesa e Santos, desta vez ficou bem abaixo do esperado. Diante de um adversário que se recusou a sofrer pressão nos minutos iniciais e marcou pressão até os 20 minutos, o Verdão tem que agradecer a Weverton por não ter levado um gol cedo – Vinicinho teve duas chances de dentro da área que nosso camisa 21 salvou de forma bem parecida, no canto baixo esquerdo.

Quando o Bragantino enfim baixou suas linhas, o Palmeiras começou a jogar e criou algumas oportunidades – a melhor delas com Estêvão, que chutou da entrada da área, aos 36, mas a bola parou na zaga. Antes, Vanderlan já tinha chegado frente a frente com o goleiro numa jogada inteiramente pessoal. Mas foi só isso. Bem pouco.

Mauricio errava quase tudo o que tentava; Luighi se mantinha muito aberto, sem arriscar um posicionamento mais afunilado. Com isso, Thalys ficou isolado – e também não resolveu sair da área para buscar jogo. Com esse panorama, era mesmo impossível criar algo.

Na primeira jogada do segundo tempo, Luighi enfim apareceu mais por dentro, encostando em Thalys, e o Verdão construiu um bom ataque, dando a impressão de que o jogo seria diferente.

E foi, só que para muito pior. O time voltou ao marasmo do primeiro tempo e os únicos lampejos de inspiração, como sempre, vinham de Estêvão. As entradas de Facundo Torres, Raphael Veiga e Flaco López não surtiram qualquer efeito, mesmo com uma mudança tática que deixou o time com um posicionamento mais ofensivo.

No final, já nos acréscimos, três chances: aos 45, Estêvão aparou cruzamento da esquerda, no segundo pau, e soltou um canhão, de baixo para cima, mas a bola acabou encobrindo o travessão; depois, aos 49, Flaco López conseguiu um bom pivô e acionou Allan, que chutou rasteiro de dentro da área mas a bola beijou o pé da trave esquerda de Cleiton. Na corrida, meio no susto, Estêvão não conseguiu dar direção à bola e, mesmo dentro da pequena área e com o canto aberto, escorou para fora.

Marcar um gol no finalzinho seria um prêmio injusto para o Palmeiras, que não jogou absolutamente nada. Abel Ferreira parece estar falhando numa de suas especialidades: pilhar o time, mantê-los focados e motivados. Parece que a divisão do elenco, que tem toda a base teórica necessária para existir, traz como efeito colateral uma falta de propósito nos jogadores, que não connseguem criar uma atmosfera competitiva. Mesmo com torcida, uniforme, súmula e juiz, a atividade não passa de um treino, a julgar pela expressão corporal dos jogadores nas disputas.

E quando é assim, não adianta esperar que os jogadores se comportem como estamos acostumados a ver.

Mas já que é isso o que temos para esses primeiros jogos, avisem a torcida, que mais uma vez deu uma prova de extrema lealdade ao time, indo ao estádio com chuva e pagando caro. A contrapartida mínima seria jogar competindo. Todos os presentes tiveram todo o direito de chiar, e forte.

O Derby está chegando. Se a derrota de sábado, quando o time só jogou 45 minutos, não serviu para nada (ao contrário do que sugeriu Abel, na coletiva), o que podemos pensar deste empate, em que jogamos bem por, no máximo, 10 minutos. Ou o time reage logo, ou teremos lembrançar tenebrosas do clássico, marcado para dia 6. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo