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O Palmeiras venceu o Botafogo do Rio por 1 a 0, na prorrogação, e é o primeiro classificado para as quartas de final da Copa do Mundo de Clubes. Em mais uma partida em que o Verdão fez com que os riscos fossem minimizados, restou ao time achar o caminho do gol, o que demorou um pouco mais que o desejado, e depois resistir à pressão final do adversário.

Com muita raça, apoiado por uma torcida impressionante, o Palmeiras chegou ao resultado com um golaço de Paulinho e terá agora a chance de se vingar do Chelsea, nas quartas de final – o adversário foi definido na partida seguinte, algumas horas depois.

Abel fez escolhas importantes para a escalação inicial. Estêvão foi deslocado para o lado esquerdo; Mauricio jogou por dentro, avançado, quase como um falso 9, e Allan, o grande destaque do Palmeiras, foi incumbido de fazer todo o lado direito – tanto na fase ofensiva, abrindo a defesa do Botafogo, quanto na defensiva, funcionando como um lateral e fazendo com que Giay alinhasse como um terceiro zagueiro, perfazendo uma linha de 5.

Com Emi Martínez muito sólido, auxiliado por Richard Ríos, a proteção estava perfeita, e assim o Verdão fechou todas as portas para o time carioca. O efeito colateral disso foi que o miolo ficou deserto, com Ríos recuado e Mauricio adiantado. Assim, os caminhos do Palmeiras eram os flancos, com Estêvão e Allan.

O Botafogo também se defendia muito bem, mas todas as iniciativas do jogo eram nossas. Assim, nosso gol passou a ser função exclusiva dos sucessos dos jogadores nas disputas diretas. E o Palmeiras, de fato, criou várias chances de gol, com John sendo eleito pelos espectadores o melhor homem em campo.

Logo a 9 minutos, Piquerez fez um cruzamento por baixo e Vitor Roque disputou com Alexander Barboza na risca da pequena área; o zagueiro conseguiu o corte e quase marcou contra – o juiz marcou tiro de meta. Barboza, aliás, já estava amarelado aos 19 minutos quando desferiu uma cotovelada em Giay, lance que merecia ao menos mais um amarelo, mas tanto o juiz quanto o VAR fizeram vistas grossas.

Depois de algumas boas chances, com nossos zagueiros marcando boa presença na área adversária, o Verdão chegou muito perto do gol aos 49, num chutaço de Ríos que passou muito perto do travessão – a bola se aninhou na rede, por cima, enganando a muita gente.

No segundo tempo, logo a 1 minuto, Allan roubou e tocou rápido para Estêvão, que recebeu livre, girou e chutou forte, mas não conseguiu tirar do goleiro, que defendeu mais uma. Aos 4, Estêvão recebeu impedido na esquerda, fez a jogada em diagonal e bateu de direita; John deu rebote e Estêvão conseguiu aproveitar para fazer o gol, mas o sistema semiautomático paralisou a jogada.

Mais pressão: aos 14, Gómez suspendeu na área; a zaga rebateu e Mauricio emendou de fora, mas em cima de John, que pegou firme. Foi quando começaram as mexidas: primeiro, Abel trocou Vitor Roque e Estêvão por Luighi e Paulinho. Renato Paiva respondeu desmontando o 4-3-3, trazendo Savarino para jogar por dentro e colocando Alvaro Montoro na meia esquerda, e substituindo Alex Telles, amarelado, por Cuiabano, tentando criar uma válvula de escape do lado esquerdo. Abel respondeu trocando Allan, exausto, por Mayke.

Aos 27, uma ótima chance do Verdão: Piquerez acertou um cruzamento à meia altura; Mauricio se abaixou e conseguiu escorar de cabeça, exigindo muito reflexo de John, que tirou para escanteio. No final, mais uma chance com Paulinho, que chutou cruzado, para fora. Os dois times já estavam mais cautelosos na fase final, esperando pela prorrogação.

Aníbal Moreno entrou para complementar o excelente trabalho feito por Martínez nos 90 minutos. O Verdão começou em cima e Richard Ríos mais uma vez exigiu bastante de John, num chute no canto, alto. E foi o colombiano que, aos 9, iniciou a jogada do gol, abrindo para Paulinho. O camisa 10 recebeu na direita, fez a jogada individual, cercado por três adversários; aproveitou o cochilo de Montoro e atacou o espaço, deixando Marlon Freitas para trás, e tocou colocado, no canto direito – a bola ainda desviou no pé de Barboza, passou entre as pernas de Kaio Fernando e venceu, enfim, John, que não ficou parado.

Paulinho está num momento físico em que não pode jogar por muito tempo, e foi imediatamente substituído por Micael – Abel, a 20 minutos do fim, decidiu sustentar a vantagem, confiando no sistema defensivo.

De fato, o Verdão mantinha todas as portas seladas, mas nossos jogadores falharam num princípio básico: fazer o relógio andar. Em vez de segurar a bola e chamar as faltas, simplesmente rebatiam e devolviam a bola para o Botafogo, o que causou uma angústia imensa. Foram 20 minutos apenas rebatendo e rebatendo, uma resistência que ficou ainda mais difícil após a expulsão de Gustavo Gómez, a 5 minutos do fim, num enrosco com Alexander Barboza.

Mas o Palmeiras resistiu; a 2 minutos do fim Bruno Fuchs se jogou de cara na grama para bloquear Igor Jesus, na pequena área. Foi o retrato de uma atuação coletiva de encher os olhos, com muita entrega e disciplina. O Verdão mostra que quem quiser nos bater, seja quem for, vai ter que jogar MUITA bola.

Próximo jogo: 4 de julho, desta vez à noite, no mesmo local. A Filadélfia vai ficando cada vez menor para nossa torcida, que foi 80% do público de mais de 33 mil pessoas no Lincoln Financial Field. E será essa torcida que vai nos empurrar pra cima dos ingleses, rumo à semifinal. VAMOS PALMEIRAS!

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