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Na Bombonera, o Palmeiras conseguiu um bom empate ao manter o placar em branco, e assim, joga por uma vitória por qualquer placar na próxima semana, no Allianz Parque, para chegar à sétima final de Libertadores da História.

Com um esquema diferente do habitual, o time de Abel não conseguiu estabelecer uma boa produção ofensiva, mas  mesmo assim teve seus méritos na retaguarda para se manter com a baliza a zero e não ser derrotado. Receita de time copeiro em fase lá não muito boa.

Tudo será decidido no Allianz Parque, onde certamente nossa torcida fará sua parte. Resta saber se a inspiração, tão ausente neste mês de setembro, voltará a dar as caras  na próxima quinta-feira.

Abel armou o time num 3-5-2 – há quem diga que era um 3-4-3, já que Veiga estava muito isolado dos volantes. Zé Rafael não conseguiu achar o equilíbrio entre o ataque e a defesa; Gabriel Menino estava mais disperso do que nunca. Mayke e Piquerez não conseguiram levar vantagem em seus corredores sobre Fabra e Advíncula, respectivamente – e assim o que restou ao Palmeiras foi a ligação direta com Rony e Artur.

Mesmo este plano poderia ter dado certo se alguém ali demonstrasse estar imbuído. Não foi o caso de ninguém do meio para a frente – de fato, apenas Weverton e a dupla de zaga jogaram bem – e mesmo assim, com direito a uma ou outra ramelada. De qualquer forma, atribuir ao sistema tático o baixo rendimento parece um equívoco. Talvez um questionamento válido fosse a escolha por Marcos Rocha para fazer o zagueiro pela direita, tendo Luan no banco. Perdemos na capacidade de combate, na altura e na qualidade dos passes, curtos e longos.

Artur teve uma boa chance logo aos três minutos, mas errou feio. Depois, só deu Boca até o fim do primeiro tempo – nem tanto por uma grande superioridade do time da casa, mas porque o Palmeiras não produzia nada e devolvia a bola baratinho. Com tantas posses, era natural que os argentinos criassem uma chance aqui ou ali.

No segundo tempo, pouca coisa mudou – ao menos Zé Rafael passou a se arriscar um pouco mais no apoio e passou a chegar mais perto da área. Numa dessas, invadiu e chutou forte, mas sem direção. Veiga passou a aparecer mais com esse apoio e arriscou algumas investidas, mas finalizou mal todas as vezes.

A dupla de zaga e Weverton seguiam bastante exigidos, mas só houve dois lances realmente perigosos – num deles, Fabra testou e nosso goleiro fez uma defesa monstruosa, no rebote Merentiel marcou o gol mas Marcos Rocha havia sofrido falta de Fabra. Pouco depois, Weverton defendeu um chute cruzado de Barco, mas espalmou a bola com defeito e Cavani só não marcou porque foi pressionado por Murilo e Piquerez.

As mexidas de Abel, tardias como sempre, não surtiram efeito, com exceção da ótima entrada de Fabinho. A parte final do jogo, quando se esperava uma pressão muito mais forte do Boca, foi bem tranquila. Tranquila até demais, como se esses traiçoeiros estivessem satisfeitos com o empate, confiando nos penais na semana que vem.

Melhor que eles venham confiando em mais um 0x0. Quanto mais derem chance às nossas iniciativas, mais difícil vai ser segurar nossa pressão, sobretudo no Gol Sul. Estamos a duas partidas da Glória Eterna, pela quarta vez. Não podemos deixar escapar. Não deixaremos! VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo