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O Palmeiras venceu mais um Derby. Diante de mais de 41 mil pessoas que bateram o recorde de público no Allianz Parque, o Verdão superou o SCCP por 2 a 1 e segue firme na marcha para o 12° campeonato nacional.

O placar não traduz a superioridade palmeirense na partida. Se o clássico tivesse terminado 4 ou 5 a zero, não seria exagero – até porque, o gol deles só foi conseguido num lance totalmente fortuito e a arbitragem não assinalou, ao menos, dois pênaltis para o Verdão – fora as chances de gol perdidas.

Abel Ferreira reativou o esquema com dois volantes alinhados e soltou os dois laterais para o apoio. Assim, as larguras eram feitas ora pelos laterais, ora pelos pontas, o que quase sempre dava superioridade numérica na construção dos ataques, sem perder a solidez na proteção à zaga, com Zé Rafael e Gabriel Menino absolutos no setor.

A escolha de Abel proporcionou ao Palmeiras um tranquilo passeio. A volta de Raphael Veiga, em grande estilo, deu ao Verdão muito mais solidez na articulação e precisão nas bolas paradas. Assim nasceu o primeiro gol, numa testada perfeita de Murilo, após escanteio da direita.

O segundo gol saiu aos 30 minutos, em jogada trabalhada com a participação de Artur e Dudu, que deu o famoso passe para trás – Veiga chegou batendo; a bola bateu em Roni e o próprio camisa 23 executou Cássio para comemorar à la Valdivia, revivendo o chororô de 2008, quando ainda era um adolescente que frequentava as arquibancadas do Palestra Italia.

Artur e Dudu estavam muito bem, diante de laterais inexperientes. As subidas de Mayke e Piquerez acentuavam o cenário e o Palmeiras tinha o controle total da partida. O que estragava era a horrível arbitragem de Wilton Pereira Sampaio, que irritou até os adversários.

No segundo tempo o Palmeiras passou a pensar na Libertadores e tirou o pé do acelerador. Por mais que a torcida desejasse mais um placar elástico, nosso time não tirou a dureza do calendário do radar e, de maneira muito profissional, dosou as energias.

Mesmo assim, nosso time poderia ter ampliado o placar. Na melhor chance, Rafael Navarro carimbou o travessão, após bom cruzamento de Artur.

Com Jhon Jhon e Navarro por dentro, nos lugares de Veiga e Rony, o Verdão estava bem próximo do terceiro gol, mas acabou levando um susto quando Piquerez, de forma desastrada, espirrou o taco numa cobrança de escanteio que não teria nenhuma consequência, encobrindo Weverton, marcando um altamente improvável gol contra.

Com 15 minutos pela frente, mais os acréscimos, o acidente recolocou o adversário no jogo. Foram alguns minutos de tensão natural; Paulinho teve nos pés uma boa chance para empatar, mas desperdiçou. Nosso time soube levar de vencida e controlou a partida até os minutos finais, sem mais sustos.

A arbitragem de Wilton Pereira Sampaio e Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro foi desastrosa. Além de irritar os dois lados com marcações confusas e faltinhas desnecessárias, deixou de marcar dois pênaltis claros para o Palmeiras. “Agora já foi”, diriam.

Já são cinco Derbies sem derrota; nos últimos 13 o Palmeiras só foi derrotado uma vez. A rivalidade nunca vai acabar, mas hoje nossa supremacia é latente. A diferença entre as equipes foi acentuada pelo momento turbulento vivido pelo rival, graças a sucessivas trapalhadas de sua diretoria. Agradecemos.

Não há descanso e o time já está arrumando as malas para viajar ao Equador. Felizmente, sem altitude, já que Guayaquil é no nível do mar, mas mesmo assim o confronto com o Barcelona promete ser duro e o Palmeiras precisa de um bom resultado para neutralizar de vez o tropeço na Bolívia. Mas estamos todos tranquilos: Abel tem um plano. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo