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O resultado mostra a força deste atual elenco do Palmeiras. Numa partida em que o Santos jogou muito mais que vinha jogando normalmente, com o Verdão exibindo um futebol bem abaixo dos últimos jogos, na casa do adversário – mesmo assim, o clássico mais uma vez pendeu para o nosso lado.

Com uma estratégia mais cautelosa, Fabián Bustos cercou bem nosso meio-campo ao escalar Sandry no lugar de Ricardo Goulart. Esse posicionamento do adversário, somado à inoperância de nosso lado esquerdo, à ausência de Danilo e à apatia de Raphael Veiga, voltando aos gramados após se recuperar da Covid-19, explica como o time da casa equilibrou as coisas no primeiro tempo.

Saltou aos olhos a disposição santista em tentar ganhar do Palmeiras. A atual fase do Verdão desperta nos adversários uma ambição diferente da que vemos em outros jogos, ilustrando com perfeição a máxima de que chegar no topo é difícil, mas manter-se nele é mais ainda.

Assim, o Palmeiras teve que se contentar em ir para o vestiário com o placar igual – e podia ter sido pior não fosse a interferência do VAR, que apontou falta clara de Léo Baptistão sobre Zé Rafael em lance que Marcos Leonardo acabou vazando nossa meta – se dependesse de Luiz Flávio de Oliveira, era bola no meio.

No segundo tempo, com Dudu e Gustavo Scarpa invertidos, mas principalmente pela subida de produção de Gabriel Menino, apagadíssimo nos primeiros 45 minutos, o Palmeiras conseguiu levar alguma vantagem – mesmo assim, a partida estava amarrada no meio-do campo.

O nó só começou a desatar após as substituições – O Palmeiras manteve o nível dos jogadores em campo; já o rendimento do Santos despencou ao recorrer a seu banco de reservas. E a disposição em dar o máximo de si no primeiro tempo cobrou o preço no final do jogo, quando os jogadores santistas se mostravam exaustos.

Assim, o Palmeiras chegou a um pênalti, desperdiçado por Raphael Veiga; ao gol de Gustavo Gómez, na bola parada, e a mais chances de ampliar o placar nos minutos finais. Sobrando, mesmo sem brilhar.

Com nada menos que oito desfalques e ainda sem ter no banco seu comandante, suspenso, o Palmeiras mostrou muita força. Resistiu a um adversário aguerrido, com o apoio de sua torcida; para depois recorrer ao banco de suplentes – e à base – para terminar o clássico com mais uma vitória, cujo personagem principal foi nosso goleiro reserva.

A liderança do campeonato chegou de maneira quase natural a este grupo que já mostrou em diversas situações enorme capacidade de competir. Abel Ferreira limpou os cartões amarelos; Raphael Veiga finalmente perdeu um pênalti e assim tirou esse peso dos ombros, e mesmo assim o Palmeiras venceu.

O time terá agora uma semana livre para recuperar os jogadores em transição física e chegar um pouco mais forte para uma sequência importante de cinco partidas pelo Brasileirão – e ela terá início justamente contra o Galo, no Allianz Parque, em duelo entre os dois primeiros colocados na tabela e aspirantes naturais ao título. Teremos mais um fim-de-semana daqueles. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo