Palmeiras X Avaí

29/07/2017 - 19:00 Campeonato Brasileiro Allianz Parque

O Palmeiras fez um jogo convincente, principalmente no primeiro tempo, e venceu o Avaí no Allianz Parque por 2 a 0, seguindo no pelotão de cima do Brasileirão. Além do bom futebol, a partida serviu para que o time e a torcida fizessem as pazes, com momentos muito legais de apoio sobretudo a Egídio. Sinal que Cuca foi ouvido pela torcida e segue com o moral intocado.

PRIMEIRO TEMPO

Cuca mandou a campo aquele que parece considerar a força máxima do elenco, à exceção de Moisés; uma formação que emula a que foi campeã brasileira em 2016. E o time tentou corresponder à confiança bem cedo: logo a 25 segundos, Bruno Henrique roubou uma bola e abriu para Roger Guedes, que tabelou com Guerra, foi ao fundo e cruzou por baixo buscando Deyverson, mas Douglas saiu bem e aparou a bola.

Aos 2 minutos, Dudu virou a jogada e achou Mayke do lado direito; o cruzamento mais uma vez veio por baixo, com Roger Guedes, Guerra e Deyverson na área – Guerra chegava para escorar mas se enrolou com Simião – jogada aparentemente normal.

O Palmeiras dominava o jogo completamente e com naturalidade, sem abusar do preparo físico. A bola correu de pé em pé em pelo menos quatro jogadas, chegando até o interior da área do Avaí – a finalização deixou de acontecer por detalhes em todas elas. Aos 9, depois de escanteio, Jean tentou pegar o rebote da zaga e emendou um canudo de primeira, mas pegou mal na bola.

A vantagem era nítida: aos 11, mais uma vez de pé em pé, Bruno Henrique para Guerra; Guerra para Dudu, que cortou o zagueiro e chutou da meia-lua, colocado, no canto esquerdo de Douglas, abrindo o marcador para o Verdão.

O Palmeiras chegava como queria na frente do gol de Douglas e a zaga do Avaí ia se virando como podia. O adversário só chegou pela primeira vez aos 20: após cruzamento da esquerda, Joel tentou a bicicleta e furou o pneu; Simião pegou a sobra na direita e bateu cruzado, de curva, tentando achar o cantinho de Jailson, mas mandou para fora.

Com a bola, o Palmeiras por vezes armava uma linha com até cinco atacantes: Mayke, Roger Guedes, Deyverson, Dudu e Egídio, com Guerra, Jean e Bruno Henrique encarregados de acioná-los e ao mesmo tempo não deixar o time catarinense armar o contra-ataque sobre nossa exposta dupla de zaga. Aos 23, nova troca de passes curta entre Bruno Henrique, Jean, Roger Guedes e Guerra, que arriscou de fora, assustando Douglas.

Aos 25, Guerra sentiu lesão e foi substituído por Raphael Veiga. Pouco depois, foi a vez de Dudu assustar a todos: o atacante deu uma ou duas gorfadas em campo, precisou de atendimento, mas seguiu na partida. Com as paradas, o ritmo do Palmeiras caiu e o Avaí passou a se arriscar um pouco mais no campo de ataque, exercendo um rápido domínio do jogo. Aos 32, uma enorme sequência de erros de nossa defesa permitiu que Pedro Castro ligasse com Junior Dutra que chutou forte, mas a bola bateu em Luan.

Com as jogadas do Avaí o clima começou a pesar no Allianz Parque. Impaciente, a torcida ensaiou as primeiras vaias, mas o time respondeu rápido aos 33 com um golaço: jogada coletiva de todo o ataque; participaram Roger Guedes, Bruno Henrique, Raphael Veiga e Deyverson, que dominou com autoridade dentro da área e tocou na saída de Douglas e ampliou o placar. Golaço de NOVE-NOVE.

Aos 39, após ensaiadinha na intermediária, Juan tentou surpreender Jailson, mas mandou por cima do gol. O Palmeiras desceu de novo aos 42, com Bruno Henrique: ele recebeu de Dudu, caminhou 3 ou 4 metros e soltou a sapatada, mas a bola saiu à direita de Douglas.

Já no minuto de acréscimo, Juan não gostou de uma marcação de Anderson Daronco; reclamou forte, levou amarelo, continuou com o chilique e foi expulso. O que já não estava tão difícil, ficou menos ainda. O primeiro tempo foi uma grande exibição do Verdão, que mostrou que tem um caminho para furar retrancas – resta saber se vai resistir a um contra-ataque bem encaixado, algo que o Avaí não conseguiu armar.

SEGUNDO TEMPO

O Verdão começou o segundo tempo no mesmo ritmo, mas quem chegou primeiro ao gol foi o Avaí: Luan errou o passe no meio-campo, Junior Dutra roubou e acionou Joel, que ganhou a disputa com Mayke e bateu por cima do gol de Jailson, assustando.

Aos 9, depois de mais uma boa descida, a bola girou até chegar em Jean, que bateu forte – a bola tirou tinta da trave direita de Douglas, que estava vendido. Aos 11, Mayke abriu para Roger Guedes que cruzou, a bola passou por toda a área e chegou em Egídio, que suspendeu de novo – Roger Guedes disputou com o zagueiro e tocou para o gol; Douglas fez uma defesa espetacular e Deyverson tentou um voleio no rebote, mandando no travessão; Daronco viu falta de Roger Guedes e o lance já tinha parado. Um minuto depois, Jailson trabalhou num chute surpreendente de Joel, que girou o corpo na entrada da área e mandou um foguete – nosso goleiro mandou a escanteio.

Aos 14, Dudu cobrou escanteio da direita, Douglas tirou da área e Jean pegou a sobra; ele abriu para Egídio que tentou o gol de cavadinha, de direita – até que foi uma boa tentativa, mas a bola saiu por pouco. Aos 18, Mina sentiu dores na região lombar e deu lugar a Edu Dracena.

O Verdão diminuiu muito o ritmo e o jogo ficou morno. Cuca então mandou Keno ao campo, no lugar de Roger Guedes – Dudu caiu para a direita. O Verdão chegou de novo aos 34: Dudu tentou ligar com Veiga; a bola espirrou e caiu em ótima posição para Mayke na direita, que cortou o lateral para dentro e soltou a pancada, buscando o canto esquerdo de Douglas – a bola saiu roçando na rede, dando impressão de gol para o pessoal da Central Leste. Aos 36, Dudu foi o fundo e cruzou por cima; Keno escorou de cabeça, fraco, mas Douglas se atrapalhou e quase ficou com as penas na mão.

Dudu pegou a bola na direita aos 39 e humilhou Capa; cruzou por cima e a zaga raspou de cabeça; a bola caiu no pé de Egídio que emendou de primeira para o meio do bolo e Raphael Veiga quase escorou para dentro. Aí o Allianz Parque viveu um daqueles momentos geniais: um grito de EGÍDIO uníssono, apoiando o jogador e dando um moral imenso para ele e para todo o elenco para a sequência da temporada. O jogo seguiu sem maiores destaques atéo apito final.

FIM DE JOGO

O primeiro tempo foi muito bom. O Palmeiras mostrou força ofensiva com toques rápidos e envolventes, atacando com até oito jogadores diante de um Avaí incapaz de armar um bom contra-ataque.

Que Cuca tenha observado essa vulnerabilidade e não se iluda com a incapacidade do time catarinense. O Barcelona tem pontas habilidosos e muito velozes que estarão bem mais prontos para uma estocada fatal que Junior Dutra e Joel. De qualquer forma, foi um jogo muito agradável de se ver.

A torcida respondeu ao chamado do treinador e apoiou quase o tempo todo, com exceção de alguns minutinhos antes da marcação do segundo gol. Não houve manifestações acerca de Felipe Melo e a eliminação da Copa do Brasil parece que foi bem assimilada. O time titular agora segue para Atibaia, para iniciar a preparação exclusiva para a decisão contra o Barcelona, enquanto o resto do grupo segue a disputa do Brasileirão. E nós seguimos confiando no trabalho do grupo e da comissão técnica. VAMOS PALMEIRAS!

Ficha Técnica

33.633

R$ 2.139.243,95

Anderson Daronco

Súmula

Borderô

Escalações


Avaí

Douglas
Leandro Silva
Alemão
Betão
Capa
Judson
Simião
Diego Tavares
Pedro Castro
Juan
Júnior Dutra
Maurinho
Joel
Rômulo
Claudinei Oliveira

Notas

Jogador Descrição Nota
Jailson
Foi exigido uma vez e fez uma boa defesa; teve outras bolas altas e saiu-se bem em quase todas- apenas uma borboletadinha.
6.5
Mayke
Coordenado com todo o lado direito, atacou e defendeu com competência.
7
Mina
Partida tranquila, mal aparecia em campo até sentir uma dor na lombar.
7
Edu Dracena
Manteve o nível e tirou o que apareceu com seriedade.
6.5
Luan
Rebateu o que tinha que rebater sem gracinhas. Na hora de sair jogando, cometeu alguns erros perigosos na frente da intermediária.
6.5
Egídio
Não foi nada excepcional, mas simbolizou o abraço da torcida no time. Vai se lembrar para sempre desta partida.
7.5
Bruno Henrique
Firme e perfeitamente adaptado ao esquema. Apóia com muita qualidade.
8
Jean
Não teve amesma qualidade do parceiro, mas também esteve muito presente e consciente do papel a desempenhar.
6.5
Róger Guedes
Oscilou, com momentos muito bons no primeiro tempo, mas bem apagado no segundo.
6.5
Keno
Deu um gás no final e criou algumas chances de gol quando o jogo estava morno..
6.5
Guerra
Participou de belas trocas de passes atéo momento da lesão. Vamos torcer para que não seja nada.
6
Raphael Veiga
Um pouco abaixo de Guerra na qualidade da troca de passes, mas adaptado à função.
6.5
Dudu
Voltou a ser o endiabrado que conhecemos. Como disse o menino Samir, Dudu é zica.
8.5
Deyverson
NA MOVIMENTAÇÃO, lembrou bastante Gabriel Jesus. E ainda guardou o dele mostrando colocação, habilidade e oportunismo. Agradou muito.
7.5

Melhores momentos