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O Palmeiras voltou a vencer, e mais uma vez fora de casa: bateu o Ceará pela contagem mínima e trouxe uma ótima vantagem para avançar às oitavas de final da Copa do Brasil e somou assim sua oitava vitória nos últimos 9 jogos.

Num jogo marcado pelo forte calor, pelo horrendo estado do gramado do Castelão e pelos sucessivos chiliques dos jogadores do Ceará tentando influenciar a arbitragem, prevaleceu a organização do Palmeiras que, se não fez uma partida brilhante (até por conta das dificuldades mencionadas), dominou boa parte da partida e fez por merecer o resultado.

Mesmo diante de um jogo eliminatório, Abel precisou fazer a gestão de energia e recorreu ao banco para escalar os onze iniciais – Vanderlan, Bruno Fuchs e Lucas Evangelista ganharam novas chances e o Palmeiras teve problemas para criar jogadas no início do jogo.

É verdade que nosso sistema defensivo permanece difícil de ser batido e o Ceará só criou, a rigor, uma boa chance de gol no primeiro tempo, num erro de Felipe Anderson que cabeceou mal uma bola dentro da área – Pedro Henrique aproveitou e chutou com perigo, mas a bola saiu à esquerda do gol. Por outro lado, lá na frente, o Palmeiras teve sérios problemas até cerca de 30 minutos jogados, em boa parte porque o time não aproveitava os espaços deixados para atacar com velocidade, preferindo rodar a bola de forma cadenciada.

A primeira chance só veio quando o Palmeiras passou a ser mais agressivo, incluindo na marcação da saída de bola. E o gol não demorou a sair: Lucas Evangelista sofreu falta na lateral da área, do lado esquerdo; Estêvão cobrou na cabeça de Gustavo Gómez, que venceu dois marcadores para fuzilar Fernando Miguel: 1 a 0.

O time do Ceará se enervou, se desconcentrou e passou a direcionar todas as suas energias contra a arbitragem. Rodrigo José Pereira de Lima tem um estilo de atuação que não marca qualquer contato, e foi coerente com ele em todo o jogo, mas os jogadores do time da casa, inflados sobretudo por Pedro Henrique, começaram a ter ataques de nervos infantis em qualquer jogada. Esqueceram de jogar bola, facilitando a missão do Palmeiras, que poderia ter aumentado a vantagem ainda no primeiro tempo, em chances com Felipe Anderson e Estêvão.

Para o segundo tempo, o exausto time do Palmeiras recolheu as armas e tentou furar a bola. Por 20 minutos, limitou-se a cercar os espaços e a devolver a bola para o Ceará com lançamentos longos infrutíferos. Até que Abel mexeu no time, colocando Paulinho e Mauricio nos lugares de Estêvão e Vitor Roque, e dois minutos depois mandou Piquerez no lugar de Facundo Torres, rearmando o time num 5-4-1 sem a bola, e um 4-4-2 com a posse, com Vanderlan liberado para o apoio.

Foi flagrante a melhora coletiva do time, que passou a reter mais a bola e fazer o relógio andar sem correr riscos. A parte derradeira da partida consistiu no Ceará partindo com tudo pra cima, com dois centroavantes, mas parando em nossa sólida defesa e deixando espaços que o Palmeiras quase aproveitou.

No final, uma merecida vitória do Verdão, que deve tirar proveito do resultado no jogo da volta, já que iniciará o jogo com a classificação na mão, sem ansiedade para marcar gols e sem ter que se preocupar com a cera do visitante.

A nota ruim do jogo vai para o comportamento do time da casa, absurdamente afetado pela arbitragem, como se o juiz estivesse os prejudicando grosseiramente. Não entenderam os critérios do árbitro e perderam o foco, sendo castigados numa jogada aérea relativamente simples. Como destaque, o ponta Pedro Henrique, totalmente descontrolado. Não por coincidência, acabou quase machucando Giay e Vanderlan em entradas desleais e desnecessárias.

Vira a chavinha, de novo: agora o desafio é em Brasília, contra o Vasco; a partida exige vitória, para não deixar o Flamengo descolar, e o cansaço é um problema que mais uma vez Abel vai ter que administrar. Até nós, que só torcemos, estamos esgotados. Mas ainda tem muita coisa pra acontecer na temporada. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo