1

2

O Palmeiras venceu o Ceará, o gramado calamitoso do Castelão e a arbitragem ridícula de Anderson Daronco na tarde deste sábado e abriu vantagem na ponta do Brasileirão, na abertura da vigésima rodada.

Com um jogo tático muito interessante no primeiro tempo, o Verdão construiu a vantagem em ótimas partidas de Dudu, Scarpa e Flaco López, e conseguiu segurar a pressão final do time da casa, que só existiu porque a arbitragem manipulou o andamento do jogo com uma marcação de pênalti vergonhosa.

O jogo começou com uma proposta muito interessante do time de Marquinhos Santos: com Mendoza invertido na direita, Piquerez foi obrigado a guardar posição, pois começou a levar bolas nas costas. Sem contar com o lateral do lado esquerdo, era Gustavo Scarpa quem fazia a largura do lado esquerdo. Com Veiga compondo o lado direito com Dudu, já que Marcos Rocha era o “lateral que ficava”, o meio ficou vazio e os volantes do Ceará tinham alguma liberdade, dando muito trabalho para Danilo e Zé Rafael.

Assim, os primeiros 20 minutos foram de equilíbrio, com o Palmeiras tendo muitas dificuldades em articular as jogadas por dentro. Até que, por alguma razão, Mendoza deixou o flanco direito e começou a cair pelo meio do campo, devolvendo a liberdade para Piquerez apoiar. Scarpa teve condições então de jogar mais por dentro, e o time encaixou o jogo.

Os gols saíram com facilidade a partir desse momento – o primeiro num rebote de Dudu após finalização de Scarpa, e o segundo numa enfiada de Scarpa que o canhoto Flaco López executou com frieza com o pé direito, mostrando seu primeiro cartão de visitas para o futebol brasileiro.

No final do primeiro tempo, houve uma disputa entre Gustavo Gómez e Mendoza dentro da área em que poderia ter sido marcado um pênalti para o time da casa. O lance foi totalmente interpretativo e é bem discutível. A arbitragem mandou seguir, o que provavelmente direcionou todas as decisões erradas tomadas por Anderson Daronco no segundo tempo.

Logo no início do segundo tempo, Dudu arrancou livre em direção ao gol e foi seguro por Richardson a um passo da entrada da área. Daronco decidiu não ver, porque teria que expulsar o volante do Ceará, mas foi “obrigado”, já que o VAR o chamou. E o Palmeiras ficou mesmo com um jogador a mais em campo.

Com o jogo “decidido”, ambas as equipes tiraram o pé, certamente já pensando nos respectivos compromissos do meio da semana pelas competições sul-americanas, e o segundo tempo era bem menos intenso que o primeiro. O Palmeiras esteve bem mais perto do terceiro que o Ceará, do primeiro.

O jogo transcorria tranquilo até que Daronco inventou um pênalti absurdo para o time da casa, daqueles em que seria muito fácil desmarcar consultando o VAR, que, no entanto, se omitiu. O Ceará diminuiu o marcador e o estádio se inflamou. Uma vitória justa e tranquila se transformou num inferno.

Daronco ainda teve a chance de errar igual para os dois lados, numa carga sofrida por Zé Rafael na área do Ceará, exatamente igual ao lance em que ele marcou o pênalti sobre Vina – mas o critério, por alguma razão, não foi o mesmo.

De qualquer maneira, depois de alguns minutos em que o time da casa acelerou o jogo e reacendeu as esperanças de evitar a derrota, o Palmeiras segurou a bola, fez o tempo passar e não deu mais chances para que o gol de Weverton fosse ameaçado.

A grande vitória, da forma com que aconteceu, deu mais força ainda ao Palmeiras. O “contra tudo e contra todos”, bradado por Abel à beira do campo nos minutos finais da partida e captado pelos microfones da TV, traduz o sentimento de revolta do clube e da torcida – mas também uma união que torna o time mais forte ainda.

É com este sentimento que o Verdão chega para mais uma grande eliminatória pela Libertadores, ao mesmo tempo em que vai minando as esperanças dos concorrentes no Brasileirão. Com esta vantagem construída, adentrando nas rodadas do segundo turno, cada vitória é um golpe nos adversários, que veem a distância se manter ou aumentar, e as rodadas diminuírem.

Ainda falta muita coisa – são 18 jogos pela frente. Mas a cada rodada, o efeito de uma vitória fica maior. Ainda mais quando são como esta, no Castelão, onde o Verdão mostrou na essência do que é feito. VAMOS PALMEIRAS!

Pós jogo

Ficha Técnica

Notas

Melhores momentos

Lance a lance

Primeiro tempo

Segundo tempo