Abel Ferreira diz que ataque palmeirense ainda pode melhorar

Críticas recebidas pelo grupo esta semana também foram comentadas por Abel Ferreira
O Palmeiras encerrou sua participação na fase de grupos da Libertadores com uma grande exibição e venceu o Universitário, do Peru, por 6 a 0. Já classificado para as oitavas-de-final e garantido como primeiro de seu grupo, o Verdão foi a campo com uma equipe alternativa.
Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Abel Ferreira fez uma avaliação do jogo da equipe e declarou que a partida ficou mais tranquila com um mais em campo.
“A equipe sabe perfeitamente o que fazer dentro de campo, quais são as dinâmicas. Não sou um comandante de sistemas, o importante é que os atletas entendam o que eles têm que fazer. Ainda hoje, nós começamos com uma linha de três, depois da expulsão passamos para uma com quatro. É isto que eu gosto de ver, um time com ideias e que os jogadores são os protagonistas”, analisou.
“Não podemos esconder que jogar contra 10 é mais fácil do que 11. Não temos muito tempo para treinar, fazemos muito trabalhos específicos com os jogadores, além de analisar vídeos e falar bastante com os jogadores para eles entenderem. [O jogo] foi bom para nós termos a dinâmica ofensiva, pois não temos tempo para treinar e fazer isso em jogo é ainda melhor”, concluiu.
Segundo melhor time na classificação geral entre os times que avançaram de fase, o Palmeiras terminou a primeira parte da Libertadores também com o melhor ataque da competição, com 20 gols marcados em seis jogos. Apesar de demonstrar satisfação com os ótimos números, o comandante alviverde falou que o setor ofensivo ainda pode evoluir.
“O processo mais difícil quando se treina uma equipe é o ofensivo. Mas desde que cheguei ao clube os jogadores estão com a mente aberta para ouvir as ideias da comissão técnica. Fico muito contente com o empenho deles”, falou.
“Há espaço para melhorar, isso está claro para todos. Temos um time composto por muitos jovens e eles vão ganhando casca com as vitórias e as derrotas. Mas a verdade é que estar nas finais, ter estas experiências, dá cancha para os jogadores. O que fica para mim, que sou o líder deste grupo, é dizer quais são os caminhos, o foco e onde está nossa atenção”, acrescentou.
Abel Ferreira pondera as críticas recebidas após insucesso no estadual
Por fim, o treinador palmeirense teceu comentários sobre as críticas feitas ao time e ao seu trabalho, após a perda do título paulista, no último domingo:
“Quando cheguei aqui, fui claro em dizer que não cruzei o Atlântico para passar férias. O futebol para mim é muito simples: é preciso ter um vilão e um herói. Sempre há um derrotado e um vencedor. Quando tu ganhas, vão te elogiar; quando perdes, virão críticas. Estou há muito tempo nisso e sei como isso funciona dentro e fora de campo. Minha filosofia de trabalhar com os jogadores tem muito a ver com o lado humano, equilíbrio, foco e intensidade”, ponderou.
“Às vezes somos criticados por não fazer gols, outras vezes somos elogiados por ser o melhor ataque da Libertadores. Temos que dar sempre o melhor de nós. Quando fazemos isso, chegamos em casa e dormimos com a consciência tranquila”, finalizou.
O Verdão volta a pensar em Libertadores apenas em julho, quando começa a disputa das oitavas-de-final. O foco do alviverde se volta para o Brasileirão, já que no domingo, às 16h, a equipe estreia na competição nacional diante do Flamengo, no Maracanã. A preparação para a partida terá início na manhã desta sexta-feira, com treino marcado para as 10h.
