
Nascido a 18 de setembro de 1916, o gaúcho Oswaldo Brandão jogou por cinco anos no Internacional e chegou ao Palmeiras pela primeira vez ainda como jogador em 1942, depois de passagem pelo Ypiranga, e começou a rotina de levantador de troféus com os títulos paulistas de 1942 e 1944.
Após uma lesão nos joelhos, encerrou a carreira de jogador aos 29 anos, e passou a trabalhar com os juvenis e como auxiliar técnico. Dirigiu o Palmeiras pela primeira vez ainda em 1945, após a saída de Del Debbio do comando do time. Voltou à função de auxiliar e dois anos depois assumiu novamente como treinador principal, quando obteve a primeira conquista na função, ganhando o
Campeonato Paulista de 1947.
Voltou ao Verdão em 1958 para duas das maiores conquistas de nossa História: o
Supercampeonato Paulista de 1959, numa decisão histórica contra o Santos no Pacaembu, e a
Taça Brasil de 1960, nosso primeiro Nacional - na final, uma goleada impiedosa por 8 a 2 sobre o Fortaleza.
Mas foi sua quarta passagem pelo Palmeiras a mais extraordinária. Assumiu o clube no final de 1971 e azeitou aquela que seria conhecida como a Segunda Academia, talvez a formação mais conhecida por qualquer palmeirense, mesmo a maioria, que nem era nascida: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir; Edu, Leivinha, César e Nei. Com este time-base, conquistou o
Campeonato Paulista de 1972 (invicto), o
Campeonato Brasileiro de 1972, o
Campeonato Brasileiro de 1973 e o
Campeonato Paulista de 1974. E só não foi tri-brasileiro porque a CBD arrancou seis jogadores do Palmeiras para jogar na Copa do Mundo de 1974 - e Zagallo só não deixou Leão e Luís Pereira no banco.
Seo Brandão ainda voltou ao Palmeiras em 1980 para comandar um elenco medonho, e durou apenas 4 meses. Mas esta quinta e última passagem sequer arranha sua importância na História do clube. É o segundo maior vencedor de troféus de nossa trajetória e seu estilo que conciliava firmeza na liderança dos atletas com estratégia só encontra similar no Felipão na fase após 2018 - coincidentemente, outro gaúcho que está entre os maiores vencedores de nossa História.
Oswaldo Brandão treinou o Palmeiras em 586 partidas oficiais, o recordista absoluto dentre os mais de 100 técnicos que já orientaram o Verdão.