As 18 ações também são as melhores do que qualquer outro jogador da mesma idade na história do Brasileirão de pontos corridos. O último a ser ultrapassado por Estêvão foi Neymar, que em 2009 havia conseguido 16 participações.
Estêvão sabia que estava próximo de quebrar este recorde, tanto que imitou a comemoração do camisa 10 do Al Hilal quando fez o gol no Alfredo Jaconi. E Neymar, realmente, pode ser exemplo para a Cria da Academia. Um exemplo do que não fazer com os rumos da carreira.
Aos 17 anos e já vendido ao Chelsea, Estêvão tem um futuro brilhante pela frente em campo e fora dele parece estar preparado. E isso é mais uma demonstração do excelente trabalho realizado pelo Palmeiras nas categorias de base, sob o comando de João Paulo Sampaio, e no profissional, na figura de Abel Ferreira.
Abel Ferreira talvez não possa, mas o palmeirense…
As contas já foram perdidas de quantas vezes Abel Ferreira foi perguntado sobre Estêvão durante as entrevistas coletivas. A última foi após a goleada sobre o Juventude. Cuidadoso nas palavras, o treinador expressou que não gosta de encher muito a bola dos seus jogadores individualmente. E Abel, neste ponto, está correto, pois tem um grupo para gerir.
“Eu tenho alguma dificuldade de dar moral aos jogadores. Minhas filhas dizem que o pai só as critica. Eu sou sincero, não gosto de dar muita moral. Às vezes os elogios podem ser traiçoeiros, te fazer sentar em cima do que já fez. O que fiz já passou, semana que vem temos mais um jogo”, disse.
O torcedor palmeirense, entretanto, pode se orgulhar e não deixar de citar Estêvão em qualquer roda de conversas sobre futebol. Ter este tipo de jogador geracional no elenco é uma vitória do trabalho que vem sendo feito no clube, iniciado por Paulo Nobre, em 2013.