Leandro Vuaden não pode jamais apitar jogos do Palmeiras novamente
Cesar Greco
O Palmeiras volta a campo no próximo sábado, em partida válida pela penúltima rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O Verdão receberá o Athletico-PR no Allianz Parque e a vitória é fundamental para que o clube permaneça forte na briga pelo título, já que o Atlético-MG tem seis pontos de vantagem na tabela e o Flamengo, por pontos perdidos, é o segundo colocado.
Para esta importante partida, a CBF escalou ninguém menos que Leandro Vuaden. De forma inacreditável, o árbitro mais nocivo ao Palmeiras, com quem nosso atual treinador, Abel Ferreira, já teve problemas sérios, volta a encontrar o clube numa partida grande.
O árbitro gaúcho, que surgiu no cenário nacional em 2008 com a fama de ser “juiz que deixa o jogo correr”, aos poucos mostrou-se um notório perseguidor do Palmeiras. O aproveitamento de pontos do Verdão em jogos comandados pelo árbitro gaúcho é de pífios 36,8%, desempenho de time pequeno. Para efeito de comparação, a média histórica de aproveitamento de pontos do Palmeiras desde julho de 2008, quando Vuaden apitou um jogo nosso pela primeira vez, é de 58,6%.
Ainda como parâmetro de comparação, podemos listar o desempenho do Palmeiras com os árbitros que mais apitaram jogos do Verdão no mesmo período – após julho de 2008 – fazendo um recorte apenas com partidas de campeonatos relevantes (Libertadores, Brasileirão, Supercopa, Copa do Brasil e Sul-Americana):
OBS – Árbitros da FPF foram excluídos desta amostra porque apitam, além dos clássicos, jogos contra times do interior, de força inexpressiva, o que poderia distorcer a comparação.
Notem que, dos árbitros com quem o Palmeiras tem maior dificuldade, assinalados em vermelho, dois já se aposentaram(*): o péssimo Jailson Macedo Freitas e o atual chefe da comissão de arbitragem, Leonardo Gaciba. Os outros, com exceção de Vuaden, Héber Roberto Lopes e Ricardo Marques Ribeiro, orbitam dentro de uma margem aceitável de aproveitamento.
Outra observação interessante é que Vuaden é, de longe, o árbitro mais escalado para jogos do Palmeiras nesse período, mesmo construindo um retrospecto tão nocivo ao clube. Ou, talvez, a expressão correta deva ser “porque construiu…”
Histórico de Leandro Vuaden não pode ser apenas coincidência
O histórico do árbitro gaúcho até poderia ser considerado apenas uma distorção estatística, uma enorme coincidência negativa. Mas os fatos que se desenrolaram no jogo em Brasília, que decidiu a Supercopa do Brasil contra o Flamengo, deveriam determinar de uma vez por todas o veto sumário do Palmeiras a Leandro Vuaden.
Na ocasião, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, reclamou com toda a razão da flagrante diferença de critérios para aplicar cartões amarelos na partida. O que poderia apenas serem erros técnicos deflagraram uma situação em que o árbitro deu-se o direito de excluir Abel da partida, ainda no primeiro tempo, alegando em súmula xingamentos, que nosso treinador negou peremptoriamente. Conhecendo nosso treinador como nós conhecemos, não é difícil duvidar do relato da súmula.
Vetar árbitros costuma ser uma atitude arriscada. Corporativista ao extremo, a classe costuma retaliar esse tipo de manifestação e o tiro muitas vezes sai pela culatra, com atuações danosas ao clube brotando seguidamente, de todos os árbitros, após um veto a um colega.
Mas diante do histórico, o Palmeiras precisa se posicionar, mesmo correndo esse risco. Ainda mais enquanto nosso técnico for Abel Ferreira. Chega a ser falta de respeito ter que submeter Abel ao constrangimento de ter que meramente trocar olhares com Vuaden.
Não é mais possível aturar Leandro Vuaden apitando nossas partidas. Não sabemos ao certo as razões de tamanha mágoa desse senhor com o Palmeiras, e isso nem é relevante. O fato é que os números apontam para uma tendência que se confirma com a malícia demonstrada no jogo de Brasília. Não pode ser apenas coincidência ou distorção estatística.
Leandro Vuaden não pode mais apitar jogos do Palmeiras, se o clube quiser continuar sendo respeitado. Aceitar esse árbitro novamente é topar ser motivo de chacota. Alguma atitude precisa ser tomada para defender nossos interesses, algo precisa ser feito.
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